Segundo a organização não-governamental (ONG), 588 drusos --- 326 combatentes e 262 civis --- foram mortos, incluindo 182 "executados sumariamente por membros dos Ministérios da Defesa e do Interior".
Entre os mortos, estão também 312 membros das forças governamentais e 21 beduínos sunitas, incluindo três civis "executados sumariamente por combatentes drusos", segundo o OSDH.
Além disso, 15 membros das forças governamentais foram mortos em ataques israelitas, segundo a ONG.
Os confrontos começaram no domingo passado entre combatentes drusos e tribos beduínas na cidade de Sweida, no sul da Síria, antes da intervenção das forças do Governo sírio, acusadas de também terem combatido os grupos drusos.
A situação levou Israel, que apoia os drusos, a bombardear alvos de tropas governamentais em Sweida e até a sede do Ministério da Defesa sírio em Damasco, ameaçando adotar novas medidas para proteger membros da minoria drusa.
Em comunicado, a Presidência síria anunciou hoje um "cessar-fogo imediato" e apelou a "todas as partes que o respeitem integralmente" após a violência que envolveu os drusos, uma minoria esotérica de um ramo do Islão.
O Governo interino do Presidente sírio, Ahmad al-Charaa, anunciou também o reenvio das suas forças para a província de Sweida, após um acordo de cessar-fogo assinado - sob mediação dos Estados Unidos - com Israel, que anteriormente se opunha à presença de forças do Governo sírio na região.
Na sexta-feira, o enviado dos EUA para a Síria, Tom Barrack, anunciou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e Al-Charaa "concordaram com um cessar-fogo".
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou que quase 80.000 pessoas fugiram das suas casas na província de Sweida, na sequência da violência.
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