O julgamento, que decorre no Tribunal Distrital de Telavive e teve início a 10 de dezembro passado, foi adiado em várias ocasiões, a pedido do próprio Netanyahu, invocando os diferentes acontecimentos ocorridos na região nos últimos meses, entre os quais a ofensiva em Gaza e a guerra com o Irão no mês de junho passado.
Hoje, o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, compareceu para mostrar apoio ao líder israelita, acusado desde 2019 de fraude, suborno e abuso de confiança.
O adiamento ocorre depois que o Exército ter bombardeado "a entrada do quartel-general militar do regime sírio" na área de Damasco, na Síria, que, segundo fontes locais, provocou pelo menos dois feridos.
Pouco antes, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ameaçou com novos ataques contra o país árabe se as novas autoridades não abandonarem a região de Sweida, de maioria drusa e onde, desde domingo, eclodiram confrontos entre drusos, beduínos e forças sírias do novo regime.
Desde a queda do regime de Bachar al-Assad, o governo de Netanyahu tem insistido que tem um compromisso com a comunidade drusa da Síria devido aos "laços existentes" com os habitantes dos Montes Golã, ocupados por Israel, para exigir a desmilitarização do sul do país vizinho.
Katz defendeu que as novas autoridades sírias não podem entrar na zona, para onde Telavive enviou reforços militares e Damasco as forças armadas.
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