De acordo com o comunicado da polícia federal brasileira, foram oficializados quatro mandados de busca e apreensão no Distrito Federal (Brasília) e em São Paulo e um mandado de prisão preventiva para se procurarem provas "sobre a estrutura e o funcionamento do grupo responsável pelo aliciamento e envio das vítimas ao exterior".
Também foi declarada a apreensão de 6,6 milhões de reais (cerca de um milhão de euros) em dinheiro e bens e a retirada de quatro passaportes para impedir que os suspeitos deixem o país.
Segundo a polícia brasileira, as investigações a este crime começaram em maio de 2024 e indicam que este grupo "aliciava mulheres brasileiras, especialmente com perfil de modelos", através das redes sociais e aplicações de mensagens.
"As vítimas eram atraídas com promessas de altos ganhos, passagens e hospedagem, mas, ao chegarem ao exterior, eram submetidas a condições degradantes, jornadas exaustivas, ameaças, retenção de documentos, exploração financeira e violência física e psicológica", frisaram as autoridades.
O inquérito policial foi feito com base em elementos obtidos durante as diligências e com a colaboração de uma das vítimas, que relatou detalhes sobre a atividade da rede criminosa após regressar ao Brasil, segundo a nota de imprensa.
"A investigação também identificou a participação de pessoas no território nacional, especialmente no Distrito Federal [Brasília], que auxiliavam no recrutamento e agenciamento das vítimas, inclusive organizando atendimentos realizados na Europa", acrescentaram.
Os suspeitos já identificados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e tráfico de pessoas, sendo que o processo de investigação continua em curso.
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