"Quando estávamos a cobrir a história, eu e a minha equipa fomos atacados por colonos israelitas", afirmou na rede social X o correspondente da CNN em Jerusalém, Jeremy Diamond, acrescentando que os agressores partiram a janela traseira do carro de reportagem, mas que todos conseguiram escapar.
O jornalista salientou que o sucedido "é apenas um exemplo da realidade que enfrentam muitos palestinianos na Cisjordânia com a crescente violência dos colonos".
A equipa da CNN estava na Cisjordânia a falar com o pai de Saif Musallet, um homem de 20 anos alegadamente assassinado por colonos na sexta-feira.
De acordo com a agência de notícias palestiniana Wafa, na noite passada, grupos de colonos armados incendiaram carros e agrediram alegadamente um agricultor.
O porta-voz do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Thameen al Kheetan, afirmou que colonos e forças de segurança israelitas "intensificaram nas últimas semanas os assassínios, ataques e assédio contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada, incluindo em Jerusalém leste".
"Isto inclui a demolição de centenas de casas e o deslocamento forçado em massa de palestinianos, o que contribui para consolidar a anexação de território da Cisjordânia por parte de Israel, em violação do Direito Internacional", acrescentou.
Nos últimos meses, foram demolidas 1.400 casas, indicou.
Durante o mês de junho, o número de palestinianos feridos por colonos israelitas (96) foi o mais alto em duas décadas.
Na primeira metade do ano, registaram-se 757 ataques de colonos com danos ou vítimas, 13% mais do que no mesmo período do ano passado.
A ONU exige a Israel que "acabe imediatamente com estes assassínios, assédio e demolições" na Cisjordânia e proteja os palestinianos de ataques de colonos e do uso excessivo de força pelas autoridades.
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