"Tendo em conta a política destrutiva das capitais ocidentais, sobretudo da União Europeia, que aumentaram as sanções unilaterais contra a Rússia, nenhuma das etapas foi concluída", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela agência noticiosa Efe.
Segundo a diplomacia russa, o memorando previa cinco etapas: a reintegração ao sistema SWIFT do banco agrícola russo, o restabelecimento da logística e dos seguros, a retoma das vendas de peças de reposição, a restauração do canal de amoníaco Toliatti-Odessa e a libertação dos ativos russos apreendidos no exterior.
O memorando foi assinado em 22 de julho de 2022 em Istambul, após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, e tinha validade de três anos.
O memorando pretendia garantir o acesso aos produtos agrícolas e fertilizantes russos no mercado internacional, num cenário de graves problemas para a segurança alimentar.
Três anos depois, e sem a implementação do memorando, "conseguiu manter-se a dinâmica das exportações de fertilizantes e alimentos russos, o que exerceu uma influência positiva na estabilização dos preços nos mercados internacionais e na superação dos fenómenos críticos", algo que acabou por favorecer os países do sul global.
A diplomacia russa disse ainda que manterá o diálogo com a ONU após o fim da vigência deste memorando, pretendendo tratar de várias questões, incluindo a criação de um canal bancário para transações agrícolas russas.
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