O Ministério da Defesa russo indicou, em comunicado divulgado na rede Telegram, que os ataques da última madrugada foram lançados com armas de longo alcance e alta precisão e drones contra empresas do complexo militar-industrial ucraniano em Kyiv e as infraestruturas de uma base aérea militar.
"O objetivo do ataque foi alcançado. Todos os alvos designados foram atingidos", disse o Ministério.
De acordo com as autoridades de Kyiv, os últimos bombardeamentos russos provocaram pelo menos dois mortos e 22 feridos.
Horas antes, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha condenado um "ataque em massa e combinado que durou cerca de dez horas", com recurso a 18 mísseis e 400 drones, por parte das forças russas.
Na abertura da Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, hoje em Roma, Zelensky defendeu que a "escalada de terror por parte da Rússia" demonstra que o líder do Kremlin, Vladimir Putin, "não está a preparar-se para a paz", depois de ter rejeitado todas as propostas nesse sentido.
O Presidente ucraniano insistiu na necessidade do agravamento das sanções ocidentais contra Moscovo e pediu rapidez aos aliados de Kyiv nos investimentos em produção de armas.
"Estes ataques russos devem ser enfrentados com uma resposta firme. É exatamente isso que vamos fazer", acrescentou.
O número de vítimas civis na Ucrânia atingiu 232 mortos em junho, o máximo mensal em três anos, anunciou a ONU, numa altura em que a Rússia tem realizado vários dos maiores ataques aéreos desde o início da invasão do país vizinho, em fevereiro de 2022.
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