O apelo surgiu em resposta ao tiroteio perto de um supermercado numa zona de colonatos judaicos na Cisjordânia, em que um israelita de 20 anos foi morto por dois palestinianos que, segundo a polícia israelita, foram abatidos pelas forças de segurança.
"Apelamos ao nosso povo firme e à corajosa resistência para que intensifiquem a resistência em todas as formas, ataquem a ocupação e os colonos em todos os domínios, desmantelem o aparato de segurança e frustrem os planos agressivos", afirmou o Hamas, num comunicado.
No texto, o grupo islamista celebrou o tiroteio e esfaqueamento perpetrados por dois indivíduos, ainda por identificar, perto de um supermercado na zona de Gush Etzion, a sul de Jerusalém e a norte da cidade cisjordana de Hebron.
"Lamentamos a perda dos dois heroicos mártires que perpetraram o ataque e afirmamos que esta operação se enquadra numa resposta legítima à escalada de crimes da ocupação [israelita]", acrescentou.
Um israelita de cerca de 20 anos morreu após receber vários tiros, confirmou o serviço de emergência israelita Magen David Adom (MDA, Cruz Vermelha de David).
Gush Etzion é um complexo de colonatos judaicos, todos ilegais segundo o direito internacional por ocuparem território palestiniano e onde vivem mais de 24.000 israelitas.
Esporadicamente, palestinianos disparam ou tentam esfaquear militares ou colonos perto dos colonatos judaicos ou de postos militares.
Só em 2025, pelo menos oito israelitas morreram em quatro ataques na Cisjordânia, incluindo uma israelita grávida e respetivo bebé, além de um soldado durante uma incursão em Jenin.
Por outro lado, pelo menos 157 palestinianos morreram em ataques israelitas na Cisjordânia desde o início do ano, de acordo com a contagem do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Palestinianos (OCHA).
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