O padre, crítico da política de imigração do Presidente Donald Trump, publicou um decreto reconhecendo "a preocupação" e o medo de muitos fiéis em comparecer à missa na região leste de Los Angeles, devido ao "medo de possíveis ações contra imigrantes por parte das autoridades civis".
Los Angeles continua a ser um dos principais centros de rusgas à imigração desde 06 de junho, quando se iniciou uma operação federal que gerou protestos contra a presença de agentes do ICE e do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês).
O sacerdote alertou que a operação do ICE "pode desencorajar alguns" de "cumprir a obrigação de comparecer à missa", referindo que "tal receio constitui um grave inconveniente que pode prejudicar o bem-estar espiritual" dos paroquianos.
"Todos os fiéis da Diocese de San Bernardino que, devido ao medo real das ações das autoridades de imigração, não possam comparecer à Santa Missa aos domingos ou dias santos, estão dispensados dessa obrigação, conforme previsto no Cânone 1247, até que este decreto seja revogado ou alterado", frisou Rojas no seu decreto.
Perante a situação, o líder católico sugeriu o "incentivo a práticas espirituais alternativas", como missas televisionadas ou 'online'.
Indicou ainda que "os padres pastorais, os vigários paroquiais e outros ministros pastorais devem oferecer um apoio compassivo às pessoas afetadas por este medo".
Entre 06 e 22 de junho, mais de 1.600 pessoas em Los Angeles foram detidas para efeitos de deportação, de acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS).
O medo dos imigrantes reacendeu-se na segunda-feira, quando dezenas de agentes federais cercaram o Parque MacArthur, no centro de Los Angeles, numa mobilização que incluiu helicópteros e veículos blindados.
As autoridades locais descreveram-no como uma "operação militar" e uma armadilha para gerar medo e caos.
Líderes católicos como Rojas questionaram as medidas de imigração de Trump.
Durante os seus primeiros dias no cargo, o republicado ordenou a expansão destas incursões para incluir igrejas, escolas e hospitais, locais que eram anteriormente restritos.
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