O anúncio foi feito numa mensagem pré-gravada pelo brigadeiro-general iemenita Yahya Saree, que alegou que o Iémen está a agir em solidariedade para com os palestinianos em Gaza e especificando que o navio estava a seguir para o porto de Eilat, em Israel.
Segundo a força naval da União Europeia (UE) de combate à pirataria no Índico, a operação 'Atalanta', o cargueiro grego 'MV Eternity C' tinha a bordo uma tripulação de 21 filipinos e um russo, além de três agentes de segurança, quando foi atacado.
A mesma fonte especificou que seis tripulantes (cinco filipinos e um indiano) foram resgatados, três deles foram mortos, e 19 estão dados como desaparecidos.
O ataque ao 'MV Eternity C' segue-se a um outro também perpetrado no Mar Vermelho pelos rebeldes xiitas iemenitas, apoiados pelo Irão, que visou no domingo o navio graneleiro 'Magic Seas'. Também esta embarcação foi afundada pelos rebeldes.
O graneleiro de bandeira liberiana não tinha solicitado escolta antes de atravessar a rota marítima que passa pelo Mar Vermelho, crucial para o comércio mundial.
A UE pediu na segunda-feira o fim dos ataques dos hutis no Mar Vermelho, que disse representarem uma "grave escalada" que coloca em risco a segurança marítima mundial.
Apoiados pelo Irão, os rebeldes iemenitas lançaram centenas de ataques contra Israel e a navegação comercial no Mar Vermelho desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a 07 de outubro de 2023, em solidariedade com o movimento islamita palestiniano Hamas.
Os rebeldes hutis do Iémen integram o chamado "eixo de resistência" contra Israel liderado pelo Irão, de que fazem parte outros grupos extremistas da região como o Hamas, a Jihad Islâmica ou libanês Hezbollah.
Leia Também: Autoridades revelam que há cerca de 2.500 corpos por recuperar em Gaza