Segundo a administração distrital de Rasuwa, as cheias do rio Bhotekoshi, no norte do país, arrastaram a ponte da Amizade, em Rasuwagadi, situada a cerca de 120 quilómetros da capital, Katmandu.
Nove corpos foram já recuperados do rio, enquanto 55 pessoas foram resgatadas com vida, incluindo quatro cidadãos indianos e um chinês.
As autoridades deram conta de 19 desaparecidos, entre os quais 13 nepaleses e seis cidadãos chineses.
De acordo com a embaixada da China no Nepal, citada pela imprensa estatal, os chineses e oito dos nepaleses trabalhavam num projeto de construção apoiado por Pequim, no lado nepalês da fronteira.
As inundações ocorreram na madrugada de terça-feira e destruíram também várias casas, assim como camiões que aguardavam inspeção aduaneira junto à fronteira, incluindo centenas de veículos elétricos importados da China.
O primeiro-ministro do Nepal, Khadga Prasad Oli, deslocou-se hoje ao local, acompanhado de vários ministros e altos funcionários, depois de convocar na véspera uma reunião de emergência para coordenar os esforços de resgate e assistência.
A destruição da ponte interrompeu por completo as trocas comerciais entre o Nepal e a China por aquela via.
A alternativa mais próxima implica agora o transporte de mercadorias por navio, da China para a Índia e, em seguida, por via terrestre até ao Nepal.
As monções, que decorrem entre junho e setembro, provocam frequentemente inundações severas no Nepal, com prejuízos para as infraestruturas e risco para as populações.
Leia Também: Inundações levam 18 pessoas e principal ponte que liga Nepal à China