Um ataque israelita atingiu hoje um carro na entrada sul da capital do Líbano, Beirute, anunciou a agência nacional de notícias (Ani), com Israel a afirmar ter "eliminado um terrorista" que trabalhava para o Irão.
Segundo a agência noticiosa libanesa, "um 'drone' inimigo atingiu um carro na autoestrada de Khaldé", que leva à capital do país.
"O ataque do inimigo israelita a um automóvel em Khaldé causou um morto e três feridos", referiu o Ministério da Saúde libanês num relatório provisório sobre o incidente.
Num comunicado sobre o ataque, o exército israelita reivindicou ter "eliminado um terrorista responsável pelo contrabando de armas e pela preparação de ataques" que trabalhava para a "Força Qods iraniana", ramo das operações externas dos Guardas da Revolução, o exército ideológico do Irão.
Israel e o Irão travaram uma guerra de 12 dias, que terminou com um cessar-fogo imposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, a 24 de junho.
Um fotógrafo da agência noticiosa francesa AFP relatou que viu um carro meio carbonizado, em torno do qual se formou um engarrafamento de grandes proporções, com o exército libanês a formar um cordão de segurança.
A movimentada autoestrada de Khaldé liga a capital libanesa ao sul do Líbano, bastião do Hezbollah pró-iraniano, que saiu muito enfraquecido da sua última guerra contra Israel, no outono passado.
Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor a 27 de novembro para pôr fim a mais de um ano de hostilidades, incluindo dois meses de guerra aberta, Israel continua a realizar ataques quase diários contra o Líbano, afirmando ter como alvo o Hezbollah.
Nos termos do acordo de trégua, o Hezbollah deveria retirar os seus combatentes para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita, onde apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz das Nações Unidas devem ser destacados.
Israel, que deveria ter retirado completamente as suas tropas, mantém-nas em cinco posições fronteiriças que considera estratégicas.
Leia Também: Israel rejeita retirar-se da Faixa de Gaza em caso de cessar-fogo