Ex-comandante da polícia moçambicana ouvido na PGR na segunda-feira

Bernardino Rafael, que entretanto passou à reforma, foi exonerado do cargo de comandante-geral da PRM em 23 de janeiro último pelo novo Presidente da República, cerca de uma semana depois de Daniel Chapo ter sido empossado nas funções.

Polícia usa gás e tiros para dispersar manifestantes em Maputo

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Lusa
02/07/2025 14:57 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Moçambique

O ex-comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, vai ser ouvido segunda-feira na Procuradoria-Geral da República, no âmbito de uma queixa de organizações da sociedade civil, disse à Lusa fonte oficial.

 

Bernardino Rafael, que entretanto passou à reforma, foi exonerado do cargo de comandante-geral da PRM em 23 de janeiro último pelo novo Presidente da República, cerca de uma semana depois de Daniel Chapo ter sido empossado nas funções.

A audição de Bernardino Rafael, que foi comandante-geral da PRM de 2017 a 2025, está prevista para as 09:00 locais (08:00 em Lisboa) de 07 de julho, na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo.

O ativista social Wilker Dias, diretor da Plataforma Decide, apresentou em 13 de março uma queixa-crime contra o ex-comandante geral da polícia e o antigo ministro do Interior de Moçambique, responsabilizando-os pelas mortes nos protestos pós-eleitorais, cujo último balanço, de cinco meses de contestação, aponta para cerca de 400 vítimas, além de avultada destruição de património público e privado.

"Submetemos uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República contra o ex-comandante geral da polícia Bernardino Rafael, mas também contra o ex-ministro do Interior Pascoal Ronda, por conta das mortes ocorridas nas manifestações", avançou à Lusa Wilker Dias, quando foi ouvido em Maputo, pelo Ministério Público, sobre o caso.

Segundo o representante, o processo visa a responsabilização criminal, além de compensações aos familiares das vítimas nas manifestações.

"Fomos ouvidos pela procuradora-geral adjunta do Ministério Público e ela ouviu as nossas inquietações sobre o processo. Também tivemos [informações] (...) sobre o próprio processo, que está a decorrer da melhor forma possível", explicou o diretor da organização não-governamental (ONG) que acompanhou o processo eleitoral no país.

Após meses de agitação social e manifestações de contestação aos resultados eleitorais - vitória de Daniel Chapo e da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), o chefe de Estado e Venâncio Mondlane encontraram-se pela primeira vez em 23 de março, em Maputo, e acordaram pela pacificação do país, repetindo o encontro em 21 de maio.

Leia Também: Chapo diz que acordo de pacificação de Moçambique está a ser cumprido

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