"Duas pessoas foram encontradas mortas pelos bombeiros" na província catalã de Lérida, no nordeste do país, onde um incêndio florestal devastou mais de 1.800 hectares de terra, informaram os serviços de bombeiros e de emergência em comunicado.
De acordo com os meios de comunicação social espanhóis, os mortos são um proprietário rural de 32 anos e um dos seus funcionários. Os dois teriam ficado retidos após tentarem deixar de carro a zona afetada pelo incêndio.
Segundo as autoridades catalãs, cerca de 14 mil pessoas foram obrigadas a resguardarem-se na terça-feira devido a este incêndio, que se juntou a um segundo que começou quase em simultâneo na mesma província, Lérida.
Este incêndio ficou marcado por "características muito violentas e imprevisíveis, com picos de velocidades de 28 quilómetros por hora, um dos níveis mais elevados alguma vez registados na Europa", explicou o governo regional da Catalunha na rede social X.
"Os incêndios de hoje não são como os do passado", insistiu o presidente regional, Salvador Illa, que visitou o local do incêndio.
"São incêndios extremamente perigosos e devem ser levados muito a sério", pois "podem afetar vidas humanas", acrescentou Illa.
A ministra da Transição Ecológica de Espanha, Sara Aagesen, que participa na conferência da ONU sobre Financiamento para o Desenvolvimento em Sevilha, pediu "máxima cautela", afirmando esperar um verão "muito complicado" em relação aos incêndios florestais.
Estas duas mortes ocorrem quando Espanha, tal como grande parte da Europa, incluindo Portugal, enfrenta há vários dias temperaturas muito elevadas, que secaram o solo e aumentaram o risco de incêndios.
Na terça-feira, a polícia reportou a morte de uma criança de 02 anos, na Catalunha, que, de acordo com as primeiras informações, foi deixada durante várias horas dentro de um carro estacionado ao sol. Os tribunais abriram uma investigação hoje para determinar as circunstâncias da sua morte.
No sábado, duas pessoas que trabalhavam em espaços públicos já tinham morrido em Espanha, uma em Córdoba e outra em Barcelona, provavelmente vítimas de golpe de calor.
De acordo com a Agência Meteorológica (Aemet) do país, Espanha teve o mês de junho mais quente de que há registo, com uma temperatura média de 23,6º Celsius. No sábado, foi registada uma temperatura de 46º Celsius em Huelva, no sul do país, um recorde para o mês de junho.
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