Ministro pelo Somar diz que PSOE "não tem noção da situação" em que está

O ministro da Cultura e porta-voz do partido Somar lamentou hoje a ausência de avanços na reunião com o PSOE, considerando que o parceiro governamental "não tem noção da gravidade da situação" após a detenção dum ex-responsável socialista.

Ernest Urtasun

© Getty/Gabriel Luengas

Lusa
02/07/2025 14:59 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Ernest Urtasun

Em declarações à imprensa no final da reunião, Ernest Urtasun observou que o Somar, partido que faz parte da coligação governamental em Espanha, apresentou ao PSOE uma forma de conseguir manter o Governo até 2027, mas alertou que, para isso, afirmou, os socialistas precisam de agir.

 

Para o Somar, a detenção do antigo 'número três' do PSOE, Santos Cerdán -- que era, até há poucas semanas, um dos "braços direitos" do primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez --, colocou em risco a estabilidade política, mas o "maior risco" é "a imobilidade e a pretensão" do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol).

O Supremo Tribunal espanhol decidiu na segunda-feira mandar Santos Cerdán para o regime de prisão preventiva sem fiança pelo alegado papel num esquema de distribuição de subornos por supostas adjudicações irregulares de obras públicas.

O juiz, que atendeu ao pedido do Ministério Público Anticorrupção e das acusações, considerou que Cerdán pode ter cometido crimes de integração em organização criminosa, suborno e tráfico de influências.

Na segunda-feira, Sánchez garantiu aos jornalistas que o PSOE atuou "com contundência" perante as suspeitas e afastou de imediato Santo Cerdán, cabendo à justiça determinar "quais são as responsabilidades que pode ter" o antigo dirigente socialista.

Este caso envolve também um ex-ministro de Sánchez entre 2018 e 2021, José Luís Ábalos.

Santos Cerdán era o "número três" do PSOE desde 2017, quando sucedeu no cargo a Ábalos. Os dois foram os maiores e mais reconhecidos apoiantes de Sánchez nas primárias do PSOE de 2014 e no caminho que depois o levou a liderar o Governo pela primeira vez, em 2018.

A suspeita de corrupção na cúpula do PSOE abriu uma crise em Espanha que analistas, dirigentes partidários e imprensa consideram quase unanimemente colocar em risco a sobrevivência política do primeiro-ministro.

A reunião de hoje, que durou pouco mais de duas horas, contou com a presença, em nome do PSOE, da vice-presidente do Governo, María Jesús Montero, do ministro da Presidência e da Justiça, Félix Bolaños, e do secretário de Estado das Relações com o Parlamento e dos Assuntos Constitucionais, Rafael Simancas.

Em representação do Somar estiveram o ministro da Cultura e porta-voz do partido, Ernest Urtasun, o secretário de Estado da Saúde, Javier Padilla, do Más Madrid, e os deputados Enrique Santiago (Esquerda Unida), Candela López (Comunidade) e Jorge Pueyo (Chunta Aragonesista).

Entretanto, uma manifestação de apoio a Pedro Sánchez, agendada para o próximo sábado em Madrid foi cancelada, de acordo com fontes do comité executivo do PSOE, citadas pela agência de notícias espanhola Efe.

A manifestação, convocada por plataformas cidadãs nas redes sociais, coincidiria com o Comité Federal de sábado, onde o partido vai abordar a detenção de Santos Cerdán.

O cancelamento foi explicado pelas plataformas com o pedido do partido para que o comité decorresse de forma tranquila, afastando rumores de que a manifestação não teria tido adesão suficiente.

Leia Também: Eurovisão ameaça multar RTVE por comentários sobre Gaza durante emissão

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