"O hospital já estava sobrecarregado com casos antes deste grande ataque, no qual 21 pessoas foram mortas e mais de 50 ficaram feridas, 25 delas em estado crítico", disse Mohamed Abu Selmiyeh à agência noticiosa espanhola EFE.
Segundo o diretor do hospital Al Shifa, a maioria das pessoas afetadas são estudantes universitários que se costumam deslocar à zona de descanso da praia para se ligarem à Internet.
O jornalista foi identificado pelo Governo do grupo radical Hamas no enclave palestiniano como Ismail Abu Hatab.
A morte de Hatab eleva para 228 o número de jornalistas e trabalhadores do setor mortos em Gaza desde o início da guerra, de acordo com uma contagem das autoridades.
Fontes locais disseram à EFE que outro jornalista ficou ferido no ataque.
O Hamas, que governa o território desde 2007, disse que o ataque teve como alvo uma área de descanso na praia da Cidade de Gaza, onde se refugiam os habitantes que fugiram dos constantes ataques ao resto da cidade.
O exército israelita ainda não comentou o incidente.
Desde o início da guerra, pelo menos 56.531 pessoas foram mortas e mais de 133.000 ficaram feridas nos ataques israelitas contra Gaza, segundo a mais recente contagem do Ministério da Saúde do enclave.
A guerra foi desencadeada depois de o Hamas ter lançado um ataque sem precedentes contra Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
Na resposta, Israel prometeu eliminar o movimento extremista palestiniano, mas, após mais de 20 meses de guerra, o Hamas continua a governar a Faixa de Gaza.
O líder da oposição israelita, Yair Lapid, defendeu hoje o fim da guerra na Faixa de Gaza por considerar que a continuação do conflito prejudica os interesses de Israel.
"O Estado de Israel já não tem qualquer interesse em continuar a guerra em Gaza, pois só está a causar danos nas frentes de segurança, política e económica", afirmou Lapid durante uma reunião do grupo parlamentar do partido Yesh Atid (centro-direita).
Das 251 pessoas raptadas em Israel em outubro de 2023, 49 continuam detidas em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.
A ofensiva do exército israelita em Gaza causou também uma catástrofe humanitária no território sitiado, bem como a destruição de grande parte das infraestruturas do enclave.
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