Pelo menos 11 mortos em ataque rebelde contra deslocados na RDCongo

Pelo menos 11 civis foram mortos e outros quatro ficaram feridos hoje num ataque do grupo rebelde Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco) a um campo de refugiados na República Democrática do Congo (RDCongo), segundo fontes militares.

Commanders of the armed group URDPC/CODECO (Union des Révolutionnaires pour la Défense du Peuple Congolais/Coopérative pour le Développement du Congo) walk through the village of Linga on January 13, 2022, in Ituri province, northeastern Democratic Republ

© Getty Images

Lusa
27/06/2025 14:11 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

RDCongo

"O ataque teve lugar por volta das 05:00. Os milicianos do Codeco chegaram e atacaram as pessoas deslocadas. Até ao momento, registámos 11 civis mortos e quatro feridos", disse à agência de notícias espanhola EFE Charité Banza, líder da sociedade civil em Bahema-North, na província de Ituri, onde ocorreu o ataque.

 

Banza disse que o Codeco invadiu um campo de refugiados na aldeia de Djangi, nordeste do país, enquanto estava a decorrer um diálogo entre líderes de diferentes grupos armados congoleses na cidade de Aru, outro território de Ituri.

"Há pânico no campo. As pessoas deslocadas estão a tentar abandonar o local onde pensavam estar seguras. As aldeias de Largu e Drodro estão agora em total desordem", disse Banza, referindo-se à insegurança causada pelas incursões das milícias rebeldes.

O coronel Ruffin Mola, administrador do território de Djugu, em Ituri, também confirmou o ataque e garantiu que as tropas da missão de paz da ONU no país (MONUSCO) estão no terreno.

"A situação é conhecida. Sei que no campo (de deslocados) houve mortos e também feridos. A MONUSCO e as nossas forças estão a trabalhar no terreno, mas ainda não temos um balanço preciso", disse Mola.

Desde 2022, várias zonas de Ituri têm sido alvo de ataques crescentes, principalmente por parte do Codeco, que afirma representar a comunidade Lendu (agrícola) e que foi formada em 2018 para combater os abusos do exército.

O ataque ocorreu no contexto de um acordo de paz que deverá ser assinado hoje entre a RDCongo e o Ruanda, com o objetivo de pôr fim ao conflito no leste do país, onde o exército congolês está a combater o grupo rebelde Movimento 23 de março (M23), apoiado por Kigali.

O acordo prevê, entre outros compromissos, o fim do apoio de ambos os países aos grupos armados, assim como a implementação de um processo de retirada gradual, desarmamento e integração condicional dos combatentes não estatais.

O leste da RDCongo está mergulhado em conflitos desde 1998, alimentados por milícias rebeldes e pelo exército congolês, apesar da presença da MONUSCO.

Leia Também: Camionistas dizem que taxas para RDCongo travam "cobranças ilegais"

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