Migrações: Mais de 11.000 pessoas devolvidas à Líbia este ano

A agência das Nações Unidas especificou que, entre os 11.129 regressados, contam-se 9.589 homens, 1.026 mulheres e 369 crianças, mas não há informação sobre os restantes 145.

Migrações, Líbia, Turquia

© ALBERTO PIZZOLI/AFP via Getty Images

Lusa
24/06/2025 14:50 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Migrações

Mais de 11.000 migrantes foram intercetados no mar Mediterrâneo entre o início deste ano e domingo passado e devolvidos à Líbia, considerada um "país inseguro", denunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

 

A agência das Nações Unidas especificou que, entre os 11.129 regressados, contam-se 9.589 homens, 1.026 mulheres e 369 crianças, mas não há informação sobre os restantes 145.

A OIM indicou que, durante o mesmo período, 255 pessoas morreram na rota migratória do Mediterrâneo central para a Europa, que tem como pontos de partida a Líbia e a Tunísia, sendo que 284 continuam desaparecidas.

As organizações de defesa dos direitos humanos consideram a Líbia "um país inseguro" para o regresso de migrantes e instaram a União Europeia e as Nações Unidas a "reverem urgentemente --- e, se necessário, suspenderem --- os atuais acordos de cooperação com as autoridades líbias" para as interceções no Mediterrâneo.

No ano passado, 21.762 pessoas foram intercetadas e devolvidas àquele país, enquanto 665 morreram no caminho e 1.034 continuam desaparecidas.

Este ano, a Líbia continua a ser o principal ponto de partida da rota migratória do Mediterrâneo central - considerada uma das mais perigosas do mundo -, de onde partiram 26.143 das 28.691 pessoas que chegaram à costa italiana este ano, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Nos primeiros quatro meses de 2025, as autoridades da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex) registaram quase 47.000 entradas irregulares na União Europeia, menos 27% do que no mesmo período de 2024.

Todas as principais rotas migratórias registaram declínios, mas a do Mediterrâneo central continua a ser a mais procurada, representando cerca de um terço de todas as entradas na Europa.

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