"O principal objetivo deste apoio é melhorar a nutrição escolar, sobretudo para as crianças e para as mulheres grávidas", disse o embaixador da União Europeia em Timor-Leste, Marc Fiedrich.
Os 12 milhões de euros vão ser disponibilizados no âmbito de um acordo assinado com o Programa Alimentar Mundial (PAM), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"O acordo hoje assinado representa um passo significativo em frente no compromisso partilhado entre a União Europeia e os seus parceiros para apoiar os esforços nacionais na construção de um futuro mais saudável e inclusivo para todos os cidadãos timorenses", salientou o embaixador.
Segundo Marc Fiedrich, o apoio à nutrição ao nível do agregado familiar e a ligação entre alimentação escolar e produção alimentar local permite melhorar a dieta, mas também combater a má nutrição e reforçar a capacidade das comunidades.
A ação irá beneficiar segmentos vulneráveis da população timorense, melhorando o acesso a alimentos nutritivos, cuidados de saúde de qualidade e serviços de proteção social eficazes, principalmente em mulheres grávidas e lactantes, crianças com menos de 5 anos e crianças em idade escolar.
A iniciativa deverá beneficiar diretamente cerca de 150.000 pessoas em comunidades rurais dos municípios de Díli, Aileu, Ainaro, Covalima, Ermera, Lautém, Liquiçá e Viqueque.
"É fundamental que utilizemos de forma eficaz todos os recursos disponíveis e trabalhemos em conjunto para maximizar o impacto das nossas intervenções e evitar a duplicação de esforços. Estratégias e planos são essenciais, mas têm de se traduzir em ações concretas no terreno", salientou o embaixador.
Segundo os dados divulgados pelo Governo, 47% das crianças com menos de 5 anos sofre de má nutrição crónica, 8,6% de desnutrição aguda, 32% têm peso abaixo do previsto e deficiências de vitamina A, ferro e iodo.
As autoridades timorenses apresentaram, em março, um plano de ação multissetorial de nutrição, que visa reduzir o atraso no crescimento infantil para 25% até 2030 com foco nos recém-nascidos e crianças até aos 23 meses e mulheres em idade reprodutiva.
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