Cimeira da NATO arranca hoje para discutir reforço da despesa em defesa

Os aliados da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) devem hoje assumir um compromisso para gastarem mais em defesa face à instabilidade geopolítica mundial.

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© Getty Images/Dursun Aydemir/Anadolu

Lusa
24/06/2025 05:00 ‧ há 6 horas por Lusa

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Guerra

A cidade holandesa de Haia acolhe, hoje e na quarta-feira, a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), prevendo-se novo compromisso entre os aliados para gastarem mais em defesa face à instabilidade geopolítica mundial.

 

Numa altura de contínua guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e de fortes tensões no Médio Oriente, esta reunião de líderes e de ministros da NATO servirá para debater os acontecimentos mundiais e o seu impacto na segurança euro-atlântica, com os aliados a preparem-se para a guerra sem esperar que esta realmente ocorra.

Fala-se de uma meta de alocar 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos 32 países aliados a gastos militares tradicionais (forças armadas, equipamento e treino) e 1,5% do PIB adicionais em infraestruturas de dupla utilização, civis e militares (como relativas à cibersegurança, prontidão e resiliência estratégica), um acréscimo face ao atual objetivo de 2%.

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"Todos" os aliados terão de mostrar "progressos significativos" nos seus orçamentos para o setor, disse o embaixador dos Estados Unidos junto da Aliança Atlântica, Matthew Whitaker.

Lusa | 13:23 - 23/06/2025

Esta é a proposta que o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, vai levar à cimeira, mas as percentagens ainda não estão fechadas e também está por definir a meta temporal para chegar a tais gastos, se 2032 ou 2035.

Certo é que a perceção de ameaça entre os aliados está mais acentuada, o que obriga a um maior investimento em defesa, como tem vindo a defender o Presidente norte-americano, Donald Trump, que marca presença nesta cimeira de Haia.

É a primeira reunião de alto nível da NATO do republicano desde que iniciou o seu segundo mandato na Casa Branca, no início deste ano.

Em Portugal, o Governo anunciou que iria antecipar a meta de 2% do PIB em defesa para 2025.

Em 2024, Portugal investiu cerca de 4.480 milhões de euros em defesa, aproximadamente 1,58% do seu PIB, o que colocou o país entre os aliados da NATO com menor despesa militar - abaixo da meta dos 2% -, segundo estimativas do Governo e da organização.

Portugal estará representado na cimeira de Haia pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Paulo Rangel e Nuno Melo.

Ao todo, Haia recebe nestes dois dias 45 chefes de Governo e de Estado, 45 ministros dos Negócios Estrangeiros, 45 ministros da defesa, 900 convidados, 6.000 membros das delegações e 2.000 jornalistas, num total de 9.000 participantes, segundo a organização.

Além dos 32 países membros da NATO, as cimeiras da aliança contam com países parceiros estratégicos, como a Ucrânia, bem como representantes de organizações como a União Europeia e países que colaboram em missões militares.

Leia Também: Espanha garante que há acordo para meta dos 5% em Defesa ser flexível

 

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