Um voo da companhia aérea Ar India foi obrigado a aterrar de emergência devido a uma ameaça de bomba a bordo.
O avião deveria aterrar em Nova Deli depois de ter saído do aeroporto de Birmingham, no Reino Unido, no sábado. Contudo, a meio caminho, foi obrigado a divergir para Riade, a capital da Arábia Saudita.
As autoridades agiram de imediato para garantir que todos os passageiros e equipa de bordo estavam protegidos, com a Air India a informar que o aparelho tinha aterrado em segurança e que todos os procedimentos de segurança tinham sido garantidos.
Ao The Mirror, um porta-voz da empresa indiana confirmou que o "voo AI114 recebeu uma ameaça de bomba no dia 21 de junho" e que estavam a ser arranjadas "soluções alternativas" para que os passageiros chegassem ao seu destino.
Air India em foco nas últimas semanas após queda de avião
Este incidente acontece duas semanas depois de um avião da mesma companhia ter caído, segundos depois de ter levantado voo na Índia, com destino a Londres.
A queda do Boeing 787, logo após ter descolado com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, matou pelo menos 279 pessoas, de acordo com o último balanço oficial, tornando-a o pior desastre aéreo do mundo desde 2014.
O avião, com 242 pessoas a bordo, despenhou-se numa zona residencial de Ahmedabad a 12 de junho, um minuto após a descolagem, às 13h39 (09h39 de Lisboa).
Na sequência do acidente, a Autoridade da Aviação Civil indiana ordenou uma inspeção dos outros 33 Boeing 787 ao serviço na frota da Air India "por precaução".
Essas inspeções não mostraram "qualquer problema de maior", declarou a Autoridade da Aviação Civil dias depois.
"Os aparelhos e os sistemas de manutenção foram considerados em conformidade com as normas de segurança em vigor", indicou.
Apesar disso, após o acidente, a companhia aérea cancelou oito voos operados pelo Boeing 787. Os cancelamentos afetaram voos para Londres, Paris, Viena e Dubai. Entre as justificações dadas pela companhia aérea estão a indisponibilidade de aeronaves, problemas técnicos, restrições de espaço aéreo e verificações de segurança prolongadas.
Só em 48 horas, depois de o regulador de aviação da Índia ter ordenado rigorosas inspeções pré-voo, foram pelo menos três voos suspensos ou atrasados. Além disso, também um Boeing 777, que operava a rota São Francisco - Mumbai, foi suspenso devido a um problema técnico.
Recorde-se que as investigações ao acidente aéreo continuam em curso.
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