Foram também descobertos outros edifícios utilizados para fins de serviços, como o armazenamento de cereais e abrigos para animais, segundo um comunicado.
Outros achados arqueológicos notáveis incluem a parte superior de uma estátua ushebti (funerária) em faiança verde, uma estela de pedra representando o deus Hórus de pé sobre dois crocodilos segurando cobras, e um instrumento musical de bronze (sistro) decorado com as cabeças da deusa Hathor.
O Ministério explicou que "restos de edifícios residenciais, casas-torre, armazéns de cereais", entre outros vestígios, foram descobertos na zona de Tell Nebesha (também conhecida como Tell Faraón) na província de Sharqia, a nordeste do Cairo.
"Esta descoberta ocorreu no final da atual época de escavações levadas a cabo pela missão arqueológica britânica da Universidade de Manchester", segundo a fonte.
A diretora da missão, Nicky Nielsen, declarou que "a cidade de Imet era um dos centros populacionais mais importantes" do Delta do Nilo, especialmente durante "o Império Novo e o Período Tardio".
Esta descoberta representa "um novo passo" para completar o quadro arqueológico e histórico da cidade de Imet e abre a porta a futuros estudos que contribuirão para desvendar os segredos desta antiga cidade, acrescentou a nota.
O ministro egípcio do Turismo e das Antiguidades, Sherif Fathy, manifestou o seu apreço pela descoberta, que "lança luz sobre uma das mais importantes cidades históricas do Delta do Nilo".
O secretário-geral do Conselho Supremo das Antiguidades, Mohamed Ismail Khaled, explicou que as escavações se concentraram na colina oriental, utilizando técnicas de teledeteção e imagens de satélite Landsat, que revelaram densas concentrações de adobe em locais específicos.
"As escavações revelaram edifícios residenciais que datam provavelmente do início a meados do século IV a.C., incluindo estruturas que se acredita serem ´casas-torre´, edifícios de vários andares concebidos para albergar um grande número de pessoas", detalhou o comunicado.
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