'Blogger' morreu sob custódia no Quénia e protestos já fizeram 22 feridos

Pelo menos 22 pessoas ficaram feridas na terça-feira, quando dezenas de manifestantes no Quénia protestaram contra a recente morte sob custódia policial de um 'blogger', segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quénia (KNCHR).

Protestos no Quénia
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© REUTERS

Lusa
18/06/2025 09:26 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Quénia

De acordo com um comunicado divulgado na terça-feira à noite pela KNCHR, as vítimas sofreram "ferimentos de bala, cortes na cabeça, lesões por chicotadas, traumas causados por objetos e crises de asma após inalarem gás lacrimogéneo".

 

De acordo com imagens publicadas nas redes sociais, dois polícias espancaram um homem nos protestos e um deles disparou sobre a sua cabeça.

Os meios de comunicação locais noticiaram hoje que o homem está a ser submetido a uma cirurgia depois de ter sido transferido do centro médico para onde foi inicialmente levado para o Hospital Nacional Kenyatta.

"A maioria dos polícias escondeu as matrículas dos veículos e os rostos com máscaras e capuzes, violando uma decisão do Tribunal Superior do ano passado que exige que todos os polícias que participam em protestos usem uniformes oficiais e sejam identificáveis em todos os momentos", informou a KNCHR.

Num comunicado na terça-feira, a polícia confirmou que, apesar do tiroteio, o homem ainda estava vivo e relatou a detenção e "apresentação em tribunal" do agente que o baleou.

Os manifestantes exigiam justiça pela morte do 'blogger' e professor Albert Ojwang, de 31 anos, que morreu sob custódia policial devido a um ferimento na cabeça, compressão do pescoço e ferimentos noutras partes do corpo, o que sugere uma alegada agressão, de acordo com a autópsia.

O 'blogger' Albert Ojwang, que escrevia sobre corrupção na rede social X, foi detido em 06 de junho no oeste do Quénia e conduzido 400 quilómetros até Nairobi devido, segundo a polícia, à publicação de "informações falsas" sobre um alto funcionário policial nas redes sociais.

Ojwang morreu dois dias depois numa esquadra depois de "bater com a cabeça contra a parede da cela", segundo a força de segurança.

A sua morte ocorre quase um ano depois de vários ativistas e manifestantes terem sido mortos e raptados pela polícia queniana durante os protestos contra a lei das finanças.

As manifestações levaram a apelos à destituição do Presidente Ruto, que tem sido criticado pelo que alguns dizem ser a sua tendência autoritária.

Leia Também: Quénia aprova lei para combater financiamento de atividades terroristas

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