Zelensky diz que ataque contra Kyiv foi "dos maiores" na guerra

O presidente ucraniano afirmou esta terça-feira que o ataque lançado pela Rússia na noite de segunda-feira foi "um dos maiores" desde o início da guerra, com 440 'drones' iranianos e 32 mísseis, causando 10 mortos e mais de 100 feridos.

G7 Summit in Canada

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Lusa
17/06/2025 17:49 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Num encontro com o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, no âmbito da cimeira do G7, que decorre em Kananaskis, no Canadá, Volodymyr Zelensky referiu que o ataque russo tinha sido dirigido principalmente "contra infraestruturas e a população".

 

"É uma grande tragédia", afirmou o Presidente ucraniano, que também reiterou que a Ucrânia "está pronta para negociações de paz e um cessar-fogo sem condições".

As autoridades ucranianas reviram hoje em baixa o número de vítimas mortais do ataque contra Kiev, para 10 mortos, depois de terem indicado que o ataque tinha custado a vida a 16 pessoas.

Segundo o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, ainda prosseguem as buscas, com "pessoas ainda sob os escombros" na capital ucraniana.

Por seu lado, Carney reafirmou o "apoio inabalável" do Canadá a Kiev "até que se alcance uma paz justa" para o povo ucraniano.

O primeiro-ministro canadiano acrescentou que a guerra na Ucrânia foi um dos temas de conversa durante o jantar de trabalho que os líderes das sete economias mais industrializadas do mundo (G7) tiveram na noite de segunda-feira em Kananaskis, com a presença do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Carney salientou que nessas conversas foi sublinhada a importância de "exercer a máxima pressão contra a Rússia face à recusa" de Moscovo em encetar negociações de paz.

O primeiro-ministro canadiano explicou que as medidas discutidas incluem "pressão financeira" e que, por isso, o Canadá anunciará hoje novas sanções contra indivíduos e entidades russas que estão a contribuir para a invasão da Ucrânia, entre eles cerca de 200 navios que compõem a chamada "frota fantasma", com a qual a Rússia costuma contornar as sanções impostas ao setor energético do país.

O G7 conclui hoje a 51.ª cimeira com uma série de sessões em que participarão os líderes de vários países fora do grupo: México, Ucrânia, Brasil, Índia, Austrália, Coreia do Sul e África do Sul.

Zelensky tinha uma reunião marcada com Trump em Kananaskis, mas o Presidente norte-americano decidiu inesperadamente abandonar a cimeira na noite de segunda-feira, após apenas um dia de trabalho, e regressar a Washington devido ao conflito entre Israel e o Irão.

Entretanto, o coordenador humanitário das Nações Unidas para a Ucrânia, Matthias Schmale, condenou os ataques russos da noite passada contra Kiev, Odessa e Zaporijia.

"O povo da Ucrânia não deveria ter de se refugiar em abrigos noite após noite", lamentou.

"Todos os dias, a guerra causa estragos devastadores aos civis", disse, num comunicado, recordando que "os ataques a civis e infraestruturas civis são proibidos pelo direito internacional humanitário".

"Os civis, incluindo as crianças, nunca devem ser alvo", reiterou, pedindo: "Não devemos normalizar a guerra".

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Presidente ucraniano vai participar no jantar real na cimeira da NATO

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