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Rei jordano alerta que subida de tensões pode passar fronteiras regionais

O rei Abdullah II da Jordânia alertou hoje, num discurso perante o Parlamento Europeu (PE), que os ataques de Israel ao Irão podem aumentar as tensões para além da região do Médio Oriente.

Rei jordano alerta que subida de tensões pode passar fronteiras regionais

© LUDOVIC MARIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
17/06/2025 12:29 ‧ há 3 meses por Lusa

O chefe de Estado salientou que os recentes ataques ao Irão "ameaçam uma perigosa escalada de tensões, na minha região e fora dela".

 

"Com a expansão da ofensiva de Israel para incluir o Irão, não se sabe onde vão parar as fronteiras deste campo de batalha", referiu ainda o monarca jordano, perante os eurodeputados reunidos em sessão plenária, em Estrasburgo (França), acrescentando ainda que "isto, meus amigos, é uma ameaça para as pessoas em todo o lado".

Em relação à situação humanitária na Faixa de Gaza, Abdullah II considerou que "desafia o direito internacional, as normas morais e os nossos valores comuns. E estamos a assistir a transgressão após transgressão na Cisjordânia, com a situação a agravar-se de dia para dia".

Por seu lado, a presidente do PE, Roberta Metsola, referiu que o papel da Jordânia - país que faz fronteira com Israel, Líbano, Síria, Iraque e Arábia Saudita, sendo ainda geograficamente próximo do Egito -, se tornou ainda mais vital para a região nomeadamente pelo "empenho na estabilidade e na paz no Médio Oriente".

"Apreciamos os esforços cruciais da Jordânia na redução das tensões regionais, na promoção de um cessar-fogo em Gaza, em tudo o que tem feito pelos doentes, na necessidade do regresso dos reféns, por facilitar tanta ajuda humanitária urgentemente necessária àqueles que dela tanto precisam, e pelo seu apoio inabalável aos refugiados palestinianos e sírios e a uma solução de dois Estados como caminho para uma paz duradoura", acrescentou.

O PE agendou para hoje à tarde um debate de urgência sobre a situação no Médio Oriente com a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas.

A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos oito oficiais superiores, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão e atingiram as centrais de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e 150 feridos.

Leia Também: Mais de 600 estrangeiros deixaram território iraniano via Azerbaijão

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