Associação venezuelana de jornalistas pede libertação de ativista detido

A Associação Nacional de Jornalistas da Venezuela pediu no domingo a libertação do jornalista e ativista político Carlos Julio Rojas, detido em abril de 2024 e acusado de ligação a um plano para assassinar o Presidente, Nicolás Maduro.

Carlos Julio Rojas

© CNP Caracas

Lusa
16/06/2025 08:29 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

Na rede social X, a Associação Nacional de Jornalistas (CNP) escreveu que Rojas está detido em El Helicoide, a sede em Caracas do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), por "levantar a voz em defesa dos direitos dos cidadãos".

 

Contando com Rojas, a CNP contabiliza 16 jornalistas presos na Venezuela, a maioria dos quais detidos após as eleições presidenciais de 2024, quando rebentou uma crise no país devido a alegações de fraude no resultado que reelegeu Maduro.

A organização não-governamental (ONG) Justiça, Encontro e Perdão (JEP) informou recentemente que Rojas "enfrenta uma preocupante deterioração do estado de saúde", de acordo com o que denunciou a sua mãe.

"A mãe do jornalista alertou que Carlos Julio tem problemas de tensão arterial e que as condições da sua reclusão são mantidas em absoluta opacidade", afirmou a ONG na rede social X.

Em maio, o advogado e defensor dos direitos humanos Alberto Maimone afirmou que Rojas "não tinha tido direito a defesa privada" nem "lhe foi garantido um advogado da sua confiança".

Rojas foi detido a 15 de abril do ano passado e é acusado, segundo o procurador-geral, Tarek William Saab, dos alegados crimes de associação criminosa, terrorismo, conspiração e instigação à prática de um crime e tentativa de assassínio.

As autoridades indicam que o jornalista esteve alegadamente ligado a um plano para assassinar Maduro durante o ato de registo da sua candidatura, em março de 2024, para as eleições presidenciais de 28 de julho do ano passado.

Segundo uma contagem efetuada pela organização Foro Penal, o número de presos políticos na Venezuela ascende a 926, a maioria dos quais foi detida após as eleições presidenciais.

Tanto Maduro como Saab negam que haja no país pessoas detidas por razões políticas, assegurando que elas cometeram crimes, uma afirmação rejeitada por várias ONG e líderes da oposição.

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