Irão promete "resposta mais dolorosa" se ataques continuarem

O Presidente do Irão garantiu que Israel receberá uma resposta "mais dolorosa e esmagadora" se os ataques israelitas, iniciados na sexta-feira contra alvos nucleares e militares em solo iraniano, continuarem.

Masoud Pezeshkian

© Iranian Presidency/Anadolu via Getty Images

Lusa
15/06/2025 14:48 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

"Não começámos a guerra, mas respondemos com firmeza e, se a agressão continuar, haverá respostas mais dolorosas e esmagadoras para os agressores", afirmou Masoud Pezeshkian, durante uma conversa telefónica com o primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al-Sudani, divulgada pela Presidência iraniana.

 

Pezeshkian agradeceu a Al-Sudani a posição contra Israel e denunciou a utilização do espaço aéreo iraquiano para ataques contra o Irão, "prova da natureza criminosa e agressiva do regime [israelita] e do desprezo por todas as leis e normas internacionais".

O líder iraniano lembrou a "história contínua de agressões" de Israel contra países islâmicos, como a Palestina, o Líbano, a Síria ou o Irão, razão pela qual apelou à "poderosa vontade coletiva da comunidade islâmica" para "travar esta prática vil".

"Caso contrário, outros países da região serão atacados por este regime, mais cedo ou mais tarde", argumentou.

No que diz respeito ao Iraque, Pezeshkian pediu ao Governo maior zelo na proteção das fronteiras e do espaço aéreo iraquianos para que não sejam usados contra o Irão.

Por sua vez, Al-Sudani transmitiu condolências a Pezeshkian pelas vítimas dos ataques israelitas.

"Estamos na mesma frente, na mesma trincheira que a República Islâmica do Irão e condenamos veementemente a agressão do regime sionista a todos os níveis", afirmou, de acordo com a Presidência iraniana.

Al-Sudani também justificou o contra-ataque iraniano como "uma defesa legítima e orgulhosa da integridade territorial do Irão" contra "um regime baseado na ocupação, nos crimes e nas violações dos direitos das nações".

O Iraque, lembrou o primeiro-ministro iraquiano, já denunciou o uso do espaço aéreo perante o Conselho de Segurança da ONU e está a realizar esforços diplomáticos, também junto dos Estados Unidos, aos quais exige que cumpram os compromissos assumidos e impeçam a passagem de caças israelitas.

"Preparámos medidas abrangentes para evitar que estas agressões se repitam. Além disso, vamos garantir o controlo das nossas fronteiras e do nosso espaço aéreo com mais seriedade", salientou.

A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e atingiram as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e 150 feridos.

Leia Também: Pelo menos 128 mortos e 900 feridos entre sexta e sábado no Irão

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