Incidentes com explosivos vitimaram 270 pessoas desde 2020 na RCA

Pelo menos 270 pessoas, das quais 188 civis, foram vítimas de 285 incidentes com explosivos registados desde junho de 2020 na República Centro-Africana (RCA) pelo Serviço de Ação da ONU contra as Minas (UNMAS), anunciou hoje a organização.

Central African Republic internally displaced camp

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Lusa
11/06/2025 18:41 ‧ ontem por Lusa

Mundo

RCA

"A maioria dos incidentes está relacionada com explosivos remanescentes de guerra, provenientes de conflitos passados. As minas antitanque no oeste [do país] também continuam a ser uma ameaça", disse a Missão Multidimensional Integrada de Estabilização da ONU na RCA (Minusca), num comunicado após uma conferência de imprensa conjunta com a responsável do UNMAS, Sophie Van Royen.

 

Só em 2025, já foram registados 35 incidentes, com 15 vítimas civis, enquanto a UNMAS já "neutralizou" seis engenhos explosivos e destruiu mais de 5 mil munições obsoletas.

O Governo centro-africano fez recentemente "progressos significativos" na luta contra as minas e para a próxima criação da Autoridade Nacional para a Ação contra as Minas (ANLAM), assegurou, na mesma conferência de imprensa, o tenente-coronel Edgar Ghazaka, que coordena estes esforços a nível nacional.

Um "roteiro nacional" para a aplicação da ANLAM foi criado em várias reuniões organizadas no ano passado, enquanto em dezembro último o Ministério da Defesa Nacional da RCA, com o apoio do UNMAS, finalizou um projeto de decreto presidencial para a criação da instituição.

Entretanto, o país apresentou este ano o seu primeiro "relatório de transparência" à Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal, da qual é Estado Parte, e estará representado pela primeira vez nas reuniões interseccionais dos países signatários em Genebra, disse a Minusca.

A RCA tem sofrido uma violência sistémica desde o final de 2012, quando uma coligação de grupos rebeldes de maioria muçulmana - a Séléka ("aliança" na língua Sango) - tomou a capital, Bangui, e derrubou o antigo Presidente François Bozizé após dez anos no poder (2003-2013), desencadeando uma guerra civil.

Atualmente exilado na Guiné-Bissau, Bozizé é alvo de um mandado de captura emitido por um tribunal patrocinado pela ONU na RCA por eventuais crimes contra a Humanidade.

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