"A presença russa em África está a crescer a um ritmo acelerado. Temos a firme intenção de desenvolver integralmente a nossa cooperação com os países africanos, concentrando-nos principalmente na economia e no investimento", afirmou Dmitri Peskov, sobre a declaração de saída do país do grupo mercenário Wagner, segundo a agência de notícias EFE.
O porta-voz presidencial russo acrescentou ainda que, em particular, esta cooperação diz respeito a "áreas tão sensíveis como a defesa e a segurança" e que "a Rússia continuará a cooperar com os países africanos neste sentido".
Na sexta-feira, o canal Telegram Razgruzka Wagnera, próximo da empresa militar privada fundada por Yevgueni Prigozhin, comunicou que iriam deixar o Mali, onde combatiam há três anos.
O grupo paramilitar Wagner será substituído no Mali pelo 'Africa Corps', grupo fundado em 2023 após a morte de Prigozhin e meses após a sua revolta militar.
Em abril, os líderes das juntas militares do Mali, Burquina Faso e Níger reuniram-se em Moscovo para estabelecer uma parceria estratégica no domínio da defesa.
Os três países do Sahel estipularam na sua aliança um pacto de defesa mútua para combater os grupos extremistas islâmicos presentes na zona, após o afastamento dos países ocidentais, que lhes prestavam ajuda militar contra o terrorismo.
Desde os golpes de Estado em 2020 e 2021 que levaram ao poder a junta liderada pelo general Assimi Goïta, o Mali rompeu a sua aliança com a antiga potência colonial francesa para se virar militar e politicamente para a Rússia.
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