Reino Unido alarga proibição da pesca de arrasto a mais áreas protegidas

O Reino Unido vai anunciar, na conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, em Nice, o alargamento da proibição da pesca de arrasto a mais de metade das áreas marítimas protegidas da Inglaterra, informou hoje o Governo.

ministro do Ambiente, Steve Reed, Reino Unido,

© Wiktor Szymanowicz/Future Publishing via Getty Images)

Lusa
08/06/2025 18:19 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Reino Unido

"Anunciarei o projeto do Governo de proibir a pesca de arrasto em 41 áreas protegidas dos mares ingleses, cobrindo uma área de 30 mil quilómetros quadrados", escreveu o ministro do Ambiente, Steve Reed, num artigo publicado no jornal The Observer.

 

"A pesca de arrasto destrói as zonas mais vulneráveis dos nossos oceanos [...]. O seu impacto é impressionante, causando danos incalculáveis não só aos fundos marinhos, que deveriam ser protegidos, mas também a toda a natureza", defendeu o ministro, sem dar um calendário para a possível entrada em vigor desta proibição, de acordo com a agência francesa de notícias France-Presse (AFP).

Atualmente, existem 181 áreas marinhas protegidas (AMP) na Inglaterra, que se estendem por uma área de 93 mil quilómetros quadrados (km2), ou seja, 40% dos mares ingleses.

A pesca de arrasto, que consiste em raspar o fundo do mar com uma rede gigante para capturar peixes e crustáceos, é atualmente proibida em 18 mil quilómetros quadrados de áreas marinhas protegidas, um número que aumentaria para 48 mil km2 com o plano do executivo.

Esta prática, criticada pelas organizações não governamentais pelo seu impacto ambiental, é um dos temas centrais da conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, que começa na segunda-feira em Nice.

Representa cerca de um quarto da pesca selvagem mundial, de acordo com o observatório Global Fishing Watch.

Já existem restrições ou proibições à pesca de arrasto em algumas zonas protegidas do mundo, como nos Estados Unidos, na Austrália, no Canadá ou no Brasil.

A União Europeia, que publicou na quinta-feira a sua estratégia para melhorar a proteção dos oceanos, mantém-se, por enquanto, numa simples recomendação, apelando ao fim desta prática até 2030 nas áreas protegidas.

Leia Também: Oceanos? Macron pede apoio: "Temos de agir, não temos escolha"

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