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Tribunal anula multa contra antigos diretores da operadora de Fukushima

O Tribunal de Recurso de Tóquio anulou uma multa de 84 mil milhões de euros contra quatro ex-executivos da Tepco, operadora da central nuclear de Fukushima, palco em 2011 de uma dos mais graves acidentes nucleares de sempre.

Tribunal anula multa contra antigos diretores da operadora de Fukushima

© STR/JIJI Press/AFP via Getty Images

Lusa
06/06/2025 06:51 ‧ há 4 meses por Lusa

Os quatro executivos da Tokyo Electric Power (Tepco) tinham sido condenados a pagar este montante em 2022, no âmbito de uma ação judicial intentada por acionistas, na sequência da catástrofe nuclear desencadeada por um tsunami em março de 2011.

 

A notícia foi hoje avançada pela agência noticiosa local, Jiji Press, porém, contactado pela agência France Presse, o tribunal não confirmou de imediato as informações.

Os acionistas alegaram que a catástrofe poderia ter sido evitada, se os responsáveis da Tepco tivessem tido em conta a investigação e adotado medidas preventivas, como a instalação de uma fonte de energia de emergência.

Os réus afirmaram, em contrapartida, que os riscos eram imprevisíveis e que os estudos citados não eram fiáveis.

Imagens difundidas pela NipponTV e pela NHK mostram queixosos a segurar uma faixa que exige uma coima ainda mais elevada, equivalente a 147 mil milhões de euros.

A faixa diz: "A responsabilidade pelo acidente nuclear de Fukushima deve ser assumida".

O montante da coima era o mais elevado alguma vez concedido num processo civil no Japão e destinava-se a cobrir os custos da Tepco com o desmantelamento dos reatores, a indemnização dos residentes afetados e o processo de descontaminação.

Segundo a Jiji Press, o tribunal de recurso negou que o tsunami fosse um acontecimento previsível.

Embora o terramoto e, sobretudo, o tsunami tenham causado a morte de 18.500 pessoas em 11 de março de 2011, o desastre nuclear, em si, não causou vítimas imediatas.

No entanto, é indiretamente responsável por vários milhares de "mortes relacionadas", reconhecidas pelas autoridades japonesas como mortes causadas pela deterioração das condições de vida das muitas pessoas retiradas da região.

Em março passado, a justiça japonesa confirmou a absolvição de dois antigos quadros da Tepco, acusados de negligência profissional durante a catástrofe de março de 2011.

Esta decisão põe termo ao único processo penal que ainda decorria relacionado com o acidente nuclear mais grave do mundo desde Chernobyl (Ucrânia), em abril de 1986.

Leia Também: China retoma importações de marisco do Japão. Foram proibidas em 2023

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