Líder do principal partido da oposição também sob investigação na Turquia

A procuradoria de Istambul abriu uma investigação contra o líder do principal partido da oposição da Turquia, por comentários dirigidos ao procurador de Istambul, acusado de intensificar os processos contra os opositores do presidente Erdogan.

Özgür Özel,

© Omer Yildiz/ dia images via Getty Images

Lusa
05/06/2025 06:57 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Turquia

Durante um comício em Istambul, Özgür Özel, líder do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), lançou um ataque verbal a Akin Gürlek, antigo vice-ministro da Justiça nomeado no ano passado para dirigir a procuradoria de Istambul.

 

O canal de televisão estatal TRT, que citou um comunicado da procuradoria de Istambul, revelou que foi aberta contra Özel uma investigação por ameaças e insultos.

O procurador da cidade é acusado pela oposição de servir o governo, devido às repetidas investigações contra o presidente da Câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, detido desde o final de março, e o seu partido, o CHP.

Desde a nomeação de Gürlek em outubro, para além de Imamoglu, oito autarcas do CHP em distritos de Istambul foram detidos, a maioria por corrupção, acusação que negam.

Segundo os analistas, o governo está a tentar enfraquecer o CHP, que emergiu como o claro vencedor das eleições locais na primavera de 2024, à custa do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), islamita-conservador, do Presidente Recep Tayyip Erdogan.

O CHP, que tinha conseguido manter Istambul, Ancara e Izmir, as três principais cidades da Turquia, invadiu províncias mais conservadoras e tomou 26 dos 39 distritos de Istambul, a capital económica do país.

O ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunç, denunciou hoje à noite através da rede social X "ameaças ao poder judicial", considerando inaceitáveis as declarações de Özel contra o procurador de Istambul.

Só hoje, a justiça turca ordenou a prisão de cinco presidentes de câmara do CHP por corrupção, disse um porta-voz partidário.

Outras 17 pessoas foram também detidas preventivamente durante o fim de semana, entre elas vários vice-presidentes de distritos de Istambul, também acusadas de corrupção, disse o porta-voz do CHP, à agência de notícias France-Presse.

A prisão, a 19 de março, de Ekrem Imamoglu, desencadeou uma onda de protestos como nunca vistos no país nos últimos 12 anos.

Leia Também: Sismo de 5,8 na Turquia. Menina de 14 anos morreu e há mais de 60 feridos

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