As "observações erróneas" de Rubio "distorcem maliciosamente os factos históricos, atacam deliberadamente o sistema político e o percurso de desenvolvimento da China e constituem uma grave interferência nos assuntos internos da China", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.
"A China manifesta a sua profunda insatisfação e opõe-se firmemente a estes atos. Enviámos um protesto solene à parte norte-americana", acrescentou.
Em 04 de junho de 1989, após várias semanas de manifestações que exigiam maiores liberdades políticas, as tropas e tanques do Exército chinês reprimiram os manifestantes que ocupavam pacificamente a Praça Tiananmen, em Pequim.
O número de mortos na sequência da repressão militar desse dia não é exato e varia entre centenas e milhares, consoante a fonte.
Desde então, o Partido Comunista Chinês tem feito todos os esforços para apagar qualquer menção pública a esta repressão.
Marco Rubio disse que "o mundo nunca esquecerá" a repressão de Tiananmen, mesmo que Pequim "esteja a tentar ativamente censurar os factos".
"Neste dia, prestamos homenagem à coragem do povo chinês, que foi morto quando tentava exercer as suas liberdades fundamentais, e àqueles que continuam a ser perseguidos por procurarem justiça e a verdade sobre os acontecimentos de 04 de junho de 1989", afirmou Rubio, em comunicado.
"No que diz respeito à agitação política do final dos anos 80, o Governo chinês há muito que chegou a conclusões claras", reagiu Lin Jian.
"O caminho do socialismo chinês é a escolha da história e do povo, (...) é totalmente apoiado por todo o povo chinês e amplamente reconhecido pela comunidade internacional", assegurou.
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