"O que está a acontecer na Faixa de Gaza não pode ser compreendido nem descrito", afirmou o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, num discurso sobre segurança euro-asiática na cidade de Perm, a sudeste de Moscovo.
Trata-se de algumas das críticas mais duras feitas pela Rússia a Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Israel intensificou a ofensiva em Gaza em 17 de maio, com o objetivo declarado de libertar os últimos reféns e assumir o controlo do território palestiniano e prometeu aniquilar o movimento radical Hamas, cujo ataque em solo israelita, em outubro de 2023, desencadeou o conflito.
"As medidas tomadas por Israel são uma punição coletiva da população civil", afirmou Lavrov, que descreveu a situação na Faixa de Gaza como "a maior tragédia da região".
"Juntamente com os nossos amigos árabes e a esmagadora maioria dos outros países, insistimos no fim imediato do derramamento de sangue", apelou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
O ataque de 07 de outubro de 2023 causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 57 continuam detidas em Gaza, pelo menos 34 das quais mortas, segundo as autoridades israelitas.
Cerca de 54.250 palestinianos, na maioria civis, foram mortos desde então pela campanha de represália israelita, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
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