O inquérito, realizado entre 26 de março e 22 de abril, dá conta de uma crescente preocupação dos cidadãos com a segurança europeia no atual contexto geopolítico, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia e ao agravamento das tensões mundiais, com oito em cada 10 (o equivalente a 81%) dos inquiridos a dizer que apoia uma política de defesa e segurança comum entre os 27 Estados-membros da UE.
Este é o "resultado mais elevado desde 2004", destaca a Comissão Europeia, numa nota informativa.
Ao mesmo tempo, 78% dos entrevistados neste Eurobarómetro referiram estar preocupados com a defesa e a segurança da UE nos próximos cinco anos.
A defesa e segurança surgem também como a principal prioridade orçamental para os inquiridos (43%), à frente de áreas como o emprego, os assuntos sociais e a saúde pública (42%) ou a educação, formação e juventude (34%).
Acresce que quase sete em cada 10 dos que responderam a este Eurobarómetro (69%) afirmaram considerar a UE um fator de estabilidade num mundo conturbado e 88% defenderam uma maior cooperação internacional assente em regras.
Mais de 80% também disseram acreditar que a UE deve responder com tarifas alfandegárias quando confrontada com medidas semelhantes por parte de países terceiros.
Além disso, este estudo mostra níveis de confiança recorde dos cidadãos inquiridos na UE (52%) e na Comissão Europeia (também 52%), sendo a moeda única -- o euro -- apoiada por 74% dos cidadãos da UE e por 83% dos habitantes da zona euro que foram questionados.
A paz continua a ser o valor mais associado à UE (41%), seguida pela democracia (33%) e pelo respeito pelo Estado de direito e pelos direitos fundamentais (28%).
Um total de 26.368 cidadãos dos 27 Estados-membros da UE, incluindo de Portugal, foi entrevistado para esta edição de primavera do Eurobarómetro.
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