O ataque ocorreu na sexta-feira em aldeias da zona de Katim-Lamido.
"Estou triste com o assassínio de cerca de 40 pessoas por homens armados em Munga Doso e Munga Lau Lau, Taraba, na sexta-feira", disse à EFE, por telefone, o reverendo Joseph Hayab, presidente da CAN para os 19 estados do norte e a capital Abuja.
"A matança e o incêndio de casas por estas pessoas é algo que todas as pessoas que amam a paz devem condenar", disse Hayab, considerando "lamentável que estes criminosos que aterrorizam o norte tenham mais uma vez tirado vidas" e sublinhando que "é altura de pôr fim a esta loucura".
O reverendo disse não ter a certeza de que os atacantes fossem pastores, como afirmaram os meios de comunicação locais, e disse desconhecer o motivo do ataque.
Dominic Hassan, um líder comunitário de Karim-Lamido, também confirmou o ataque à EFE, dizendo que dezenas de atacantes invadiram as comunidades disparando esporadicamente.
"Os atacantes invadiram as nossas comunidades com pistolas e outras armas (...). Pelo menos 40 deles vieram em motos, disparando contra quem os visse, queimando casas e quintas", disse Hassan por telefone.
O comissário da Polícia de Taraba, Emmanuel S. Bretet, exortou os líderes comunitários a encorajar as pessoas a permanecerem em zonas seguras e a cooperarem com as forças de segurança.
"O nosso objetivo é garantir o restabelecimento da paz. Temos de atuar em conformidade com a lei e aqueles que instigarem a agitação ou a violência enfrentarão toda a força da lei", afirmou Bretet, citado pelos meios de comunicação locais, sem indicar o número de vítimas.
Alguns estados da Nigéria, nomeadamente no centro e noroeste do país, estão a ser atacados incessantemente por "bandidos", termo utilizado no país para designar os bandos de criminosos que cometem roubos em massa e raptos para obtenção de resgate e cujos membros são por vezes rotulados pelas autoridades como terroristas.
Os ataques são recorrentes, apesar das repetidas promessas do Governo nigeriano de pôr termo à violência.
Esta insegurança tem sido agravada desde 2009 pela atividade do grupo extremista Boko Haram no nordeste do país e, desde 2016, também pelo Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP).
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