Relações bilaterais? Presidente sul-africano defende recomeço com EUA

O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, defendeu hoje na Casa Branca um recomeço nas relações entre a África do Sul e os Estados Unidos, tendo ao lado o anfitrião, Donald Trump.

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Lusa
21/05/2025 20:22 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

África do Sul

As relações bilaterais estão muito tensas desde o regresso de Trump à Casa Branca.

 

"Estou aqui sobretudo para restabelecer as relações entre os Estados Unidos e a África do Sul", nomeadamente no plano económico, disse Ramaphosa, tendo como pano de fundo as acusações norte-americanas de genocídio contra os agricultores brancos sul-africanos.

A África do Sul rejeitou veementemente a alegação e Ramaphosa insistiu na reunião com Trump numa tentativa de salvar a relação do seu país com os Estados Unidos, que está no seu ponto mais baixo desde o fim do sistema de segregação racial do 'apartheid' em 1994.

A África do Sul não tem fundos para cobrir o défice de mais de 430 milhões de dólares (cerca de 380 milhões de euros) causado pelos cortes da administração Trump na ajuda externa, disse hoje o ministro das Finanças sul-africano, Enoch Godongwana.

Sem essa receita fiscal, admitiu o governo sul-africano no parlamento, o país não tem dinheiro suficiente para compensar os cortes que ameaçaram a vasta rede de apoio a uma das maiores populações de seropositivos do mundo.

A África do Sul tem a maior rede de tratamento do mundo.

A intervenção do ministro das Finanças foi feita pouco antes da muito aguardada reunião de Cyril Ramaphosa com Donald Trump, na Casa Branca.

No início deste ano, o desmantelamento da USAID [agência norte-americana de cooperação] pela administração Trump pôs cobro a cerca de 436 milhões de dólares de financiamento anual para o tratamento e prevenção do VIH na África do Sul, colocando em risco o programa e milhares de postos de trabalho na área da saúde.

Godongwana disse que o orçamento atualizado dá prioridade aos recursos financeiros para apoiar o que é atualmente viável e adia outros programas até que os recursos do país o permitam.

Mais sofrimento pode estar a chegar, avisou.

A anterior apresentação do orçamento da África do Sul afetou 28,9 mil milhões de rands (1,4 mil milhões de euros) destinados ao setor da saúde.

O atual orçamento atribui 20,7 mil milhões de rands (970 mil milhões de euros), um valor significativamente inferior.

O dinheiro destina-se a proteger cerca de 4.700 postos de trabalho no setor da saúde, a contratar 800 médicos que terminaram o serviço comunitário e a resolver o problema da escassez de material médico, de serviços e de provisões.

Leia Também: Trump confronta presidente sul-africano e momento gera tensão

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