Papa Leão XIV apela à entrada de "ajuda humanitária decente" em Gaza

O Papa Leão XIV apelou hoje à entrada de "ajuda humanitária decente" em Gaza e ao fim das hostilidades, denunciando que o "preço atroz está a ser pago por crianças, idosos e doentes".

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© ALBERTO PIZZOLI/AFP via Getty Images

Lusa
21/05/2025 10:36 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais preocupante e dolorosa", declarou o Papa, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

 

O apelo foi lançado por Leão XIV na primeira audiência geral semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano, desde que foi eleito, em 08 de maio.

As autoridades israelitas impuseram um bloqueio ao território palestiniano de 2,4 milhões de habitantes em março.

Israel anunciou na terça-feira que tinha deixado entrar em Gaza alguns camiões com alimentos para bebés, no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciou que dois milhões de palestinianos estavam a passar fome.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusou Israel de só permitir a entrada em Gaza de uma ajuda "ridiculamente insuficiente" para não ser acusada de "matar a população à fome".

A ajuda autorizada a entrar na Faixa de Gaza, uma centena de camiões desde segunda-feira segundo as autoridades israelitas, "não passa de uma cortina de fumo", segundo a organização não-governamental (ONG).

A MSF denunciou que se mantém o cerco que Israel impôs a Gaza no início de março para obrigar o grupo extremista palestiniano Hamas a libertar os reféns que ainda mantém em cativeiro.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023 que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

A retaliação de Israel provocou mais de 53.000 mortos em Gaza, além da destruição de grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007.

No dia 11 de maio, o Papa já tinha afirmado estar "profundamente triste" com o que estava a acontecer na Faixa de Gaza.

Apelou na altura a "uma cessação imediata das hostilidades, à ajuda humanitária para a população civil exausta e à libertação de todos os reféns".

Na audiência geral na Praça de São Pedro, o chefe da Igreja Católica defendeu perante mais de 25.000 fiéis ser necessário trabalhar pela paz num mundo em guerra.

"Num mundo dividido pelo ódio e pela guerra, somos chamados a semear a esperança e a construir a paz", afirmou, também citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Horas antes da audiência, Leão XIV tinha confirmado à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a disponibilidade do Vaticano para acolher as negociações entre a Ucrânia e a Rússia, informou o Governo italiano num comunicado.

Durante a saudação aos fiéis de língua portuguesa, o pontífice norte-americano convidou-os a rezar o terço pela paz.

"Neste mês mariano, gostaria de reiterar o convite de Nossa Senhora de Fátima: 'Rezem o terço todos os dias pela paz'. Juntamente com Maria, pedimos que os homens não se fechem a este dom de Deus e desarmem os seus corações", disse, segundo a EFE.

[Notícia atualizada às 11h01]

Leia Também: Paz em Kyiv? Papa confirma a Meloni disponibilidade para acolher conversa

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