A ação da autoridade contra o crime organizado italiano decorre em 14 províncias sendo que os detidos foram acusados dos crimes de associação mafiosa, colaboração, tráfico e posse de droga, extorsão, rapto e posse ilegal de armas.
Segundo a polícia militar (Carabinieri) da região Reggio Calábria, foram detidos suspeitos em Milão, Monza e Brianza, Pavia, Nuoro, Bolonha, Cosenza, Catanzaro, Vibo Valentia, Roma, Rimini, Verona, Agrigento e Turim.
As investigações também incidiram na influência do crime organizado sobre o sistema político.
A operação "Millennium" foi dirigida pela Direção Anti-Máfia de Reggio Calabria e envolveu equipas policiais especializadas e militares da Calábria e da Sicília, bem como helicópteros e equipas apoiadas pela Interpol e pelo Serviço Internacional de Cooperação Policial (SCIP).
Além das detenções, foram encerradas duas empresas, uma do setor da restauração e outra da construção civil que alegadamente eram usadas para branqueamento de capitais e apoio logístico das atividades criminosas da organização.
A investigação revelou a existência de uma estrutura criminosa organizada e estável, resultado de uma aliança entre as principais famílias mafiosas da província de Reggio Calabria, com o objetivo de controlar o tráfico de droga a nível nacional e internacional.
Segundo um comunicado da polícia, esta estrutura de crime organizado permitiu que a "Ndrangheta" - a máfia originária da Calábria -, mantivesse vastos "monopólios" do tráfico internacional de droga.
A operação fez parte de um esforço coordenado para desmantelar as estruturas criminosas ainda ativas no sul de Itália e as ramificações em todo o país, acrescenta o comunicado.
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