Médio Oriente. Dois milhões de pessoas estão a passar fome em Gaza

Dois milhões de pessoas estão a passar fome na Faixa de Gaza, onde a escassez de alimentos aumentou devido ao bloqueio israelita à ajuda humanitária, afirmou hoje o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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© Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Lusa
19/05/2025 12:30 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

OMS

 "O risco de fome em Gaza está a aumentar com a retenção deliberada de ajuda humanitária, incluindo alimentos, devido ao bloqueio em curso" promovido pelos israelitas, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, na abertura da reunião anual dos Estados-membros da OMS, em Genebra, Suíça.

 

"Dois milhões de pessoas estão a passar fome" enquanto "toneladas de comida estão retidas na fronteira, a poucos minutos de distância", denunciou o diretor-geral da organização que integra o sistema da ONU.

Sob pressão da comunidade internacional devido ao bloqueio que está a deixar os palestinianos sem alimentos em Gaza, Israel anunciou no domingo que iria permitir uma retoma limitada da ajuda humanitária, juntamente com o lançamento de "operações terrestres de grande escala" no enclave, cenário de uma guerra entre Telavive e o grupo extremista Hamas desde outubro de 2023.

A decisão de permitir a entrada de ajuda em território palestiniano, mais de dois meses depois de Israel ter imposto um bloqueio a Gaza, em 02 de março, é "difícil, mas necessária", afirmou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

"A escalada das hostilidades, as ordens de retirada, a redução do espaço humanitário e o bloqueio da ajuda estão a levar a um fluxo de vítimas num sistema de saúde já sobrecarregado", disse ainda Tedros Adhanom Ghebreyesus em Genebra.

"As pessoas estão a morrer de doenças que podem ser prevenidas, enquanto os medicamentos esperam na fronteira, e os ataques aos hospitais privam as pessoas de cuidados e desencorajam-nas de os procurar", acrescentou o diretor-geral da OMS.

Milhares de doentes ainda têm de ser retirados de Gaza por razões médicas, de acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, que pediu aos Estados-membros que aceitem mais doentes e a Israel que permita estas retiradas e a entrada de alimentos e medicamentos em Gaza.

As Nações Unidas, assim como as organizações internacionais de ajuda que operam na Faixa de Gaza, têm vindo a denunciar a escassez de alimentos e de outros itens de ajuda essencial há semanas.

O enclave palestiniano enfrenta um "risco crítico de fome", de acordo com o relatório do IPC (Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar) publicado em 12 de maio.

Leia Também: "Ofensiva sem precedentes". Israel ordena evacuação do sul de Gaza

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