O presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu que a invasão da Ucrânia tem por objetivo "uma paz duradoura".
Numa entrevista à GTRK, divulgada este domingo e citada pela imprensa russa, Putin apontou que a Rússia dispõe de amplas forças para concluir aquilo que designa por "operação militar especial" e atingir os objetivos designados.
"Os objetivos são a eliminação das causas originais desta crise, a criação de condições para uma paz duradoura e sustentável e o fornecimento de segurança à Rússia", disse, segundo cita a agência estatal russa TASS.
Além disso, acrescentou que os objetivos também se aplicam "às pessoas que residem nestes territórios e que consideram a língua russa como a sua língua materna e a Rússia como a sua pátria".
Ontem, recorde-se, o Kremlin anunciou que irá entregará ao lado ucraniano uma lista de condições para um cessar-fogo e que certos acordos poderiam tornar possível um encontro entre o presidente russo e o homólogo ucraniano, Volodymir Zelensky.
Uma das principais exigências do Kremlin é que as tropas ucranianas abandonem o território das quatro regiões ucranianas anexadas - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - mesmo que os russos não as controlem todas.
Além do reconhecimento das regiões ucranianas anexadas, que também incluem a península da Crimeia, o Kremlin tem exigido repetidamente que Kyiv renuncie aos planos de adesão à NATO; a desmilitarização do país; garantias de direitos para os falantes de russo; uma mudança de governo, uma vez que Zelensky é considerado ilegítimo; e o cancelamento das sanções internacionais impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022.
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