Mais de 200 espécies marinhas morreram devido à proliferação de algas tóxicas na costa do sul da Austrália, nas últimas semanas.
“É um acontecimento sem precedentes, porque a proliferação tem continuado a crescer e a crescer”, disse a cientista da vida selvagem Vanessa Pirotta à BBC News.
Especialistas detalharam que as algas produzem venenos que “atuam como um cobertor tóxico que sufoca” a vida marinha, incluindo peixes, raias e tubarões. Desde março que a população de algas se tem vindo a espalhar, atingido cerca de 4.500 km2 de área.
As toxinas podem, inclusivamente, causar “danos nas guelras e nos tecidos” dos peixes, ao atacar os glóbulos vermelhos, de acordo com o gestor do projeto OzFish, Brad Martin.
“É como um filme de terror para os peixes”, complementou.
Os impactos têm sido particularmente graves na população de tubarões e de raias, com um grande número de animais a aparecer nas praias com indícios de hemorragia. Entre eles estava um tubarão branco de três metros, que foi encontrado sem vida nas últimas semanas.
Ainda que estas algas não sejam nocivas para os seres humanos, as autoridades alertaram que a exposição às mesmas pode dar azo a irritações na pele e sintomas respiratórios. O governo aconselhou, por isso, a que a comunidade evite nadar nas praias onde há água descolorida e espuma.
Algumas zonas de pesca foram preventivamente encerradas e houve uma quebra no número de visitantes nas praias, devido à grande quantidade de vida marinha morta que tem surgido na costa.
As autoridades estão a monitorizar o fenómeno, que pode ocorrer em condições de sol e calor.
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