"O Presidente Ramaphosa vai encontrar-se com o Presidente Donald Trump na Casa Branca, em Washington DC, para discutir questões bilaterais, regionais e globais de interesse", anunciou a Presidência sul-africana, sem acrescentar pormenores.
As relações entre os dois países deterioram-se significativamente com a chegada do líder republicano à Casa Branca, com o Presidente norte-americano a criticar a alegada perseguição dos afrikaners - descendentes dos primeiros colonos europeus na ponta de África -, bem como a queixa de genocídio contra Israel apresentada pela África do Sul ao Tribunal Internacional de Justiça.
A questão dos afrikaners, que Trump prometeu reconhecer como refugiados e acolher nos Estados Unidos, de acordo com esse estatuto, estará na ordem do dia das discussões, sobretudo depois de um primeiro grupo de 49 afrikaners - que "não correspondem à definição" de refugiados, segundo Ramaphosa -- ter já desembarcado nos arredores de Washington na passada segunda-feira.
Durante esta "visita de trabalho" aos Estados Unidos, que deverá durar de segunda a quinta-feira, são igualmente esperadas conversações comerciais, uma vez que Pretória está particularmente preocupada com os direitos aduaneiros norte-americanos.
Pretória pôde exportar uma série de produtos para os Estados Unidos sem incorrer em sobretaxas aduaneiras, ao abrigo de um acordo, conhecido como AGOA, que expira em setembro e já foi posto em causa por Washington, nomeadamente no setor automóvel.
Até agora, sete fabricantes sediados na maior economia de África exportavam anualmente para Washington cerca de 25 mil automóveis de passageiros isentos de impostos.
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