Embaixada dos EUA alerta para ataque aéreo "significativo" na Ucrânia

A Embaixada dos Estados Unidos em Kyiv alertou hoje que tem informações que apontam para um ataque aéreo "potencialmente significativo" na Ucrânia, "a qualquer momento nos próximos dias".  

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© Nathan Howard/Getty Images

Lusa
09/05/2025 22:25 ‧ ontem por Lusa

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Ucrânia

"A Embaixada, como sempre, recomenda que os cidadãos americanos estejam preparados para se abrigar imediatamente caso seja anunciado um alerta aéreo", refere comunicado divulgado pela representação diplomática.

 

A Ucrânia tem estado sob ataques aéreos constantes da Rússia, desde a invasão em grande escala por forças russas em fevereiro de 2022.

Nos ataques aéreos russos são usados 'drones', bombas e, no caso dos mais significativos, mísseis, incluindo balísticos.

A publicação da embaixada norte-americana inclui um conjunto de recomendações em caso de ataque, como identificar os locais de abrigo antes de qualquer alerta, recorrer àqueles logo que haja um aviso e munir-se de aplicações de telemóvel próprias.

É ainda recomendado o armazenamento de reservas de água, alimentos e medicamentos e, em caso de emergência, seguimento das instruções das autoridades ucranianas e dos socorristas, além de avaliação prévia do que o Departamento de Estado norte-americano, numa situação de crise, "pode e não pode fazer".

O alerta surge numa altura em que os Estados Unidos, juntamente com alguns países europeus, tentam promover uma trégua de 30 dias no conflito na Ucrânia.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que espera "nas próximas horas e dias" um plano conjunto dos Estados Unidos e da Europa para um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, envolvendo "sanções económicas em massa" se for violado.

"Os russos devem dizer que sim. Não três dias para entreter a galeria, por assim dizer, para rodear o 09 de maio e fazer um desfile. Não, 30 dias", declarou Macron ao canal polaco Telewizja Polska.

Ucrânia. Macron espera plano euro-americano de cessar-fogo muito em breve

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que espera "nas próximas horas e dias" um plano conjunto dos Estados Unidos e da Europa para um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, envolvendo "sanções económicas em massa" se for violado.

Lusa | 20:46 - 09/05/2025

O líder francês referia-se à trégua unilateral de 72 horas decretada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e recusado por Kyiv, a propósito dos 80 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, assinalado hoje com um desfile em Moscovo, na presença de cerca de 30 dirigentes estrangeiros.

"A minha esperança (...) é que nas próximas horas e dias, possamos todos unir-nos para nos comprometermos com um cessar-fogo, dizendo que, se uma das partes o violar, haverá sanções económicas em massa", acrescentou Macron

Os líderes dos países europeus aliados de Kyiv estão prontos para fornecer garantias de segurança quando a paz for alcançada, estando prevista uma reunião para discutir este tema no sábado na Ucrânia, e alguns deles deverão comparecer pessoalmente.

O Reino Unido, a França e os países do norte da Europa anunciaram hoje que apoiam a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia.

O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, mencionou uma "abordagem concertada" dos Estados Unidos, dos europeus e da Ucrânia a este respeito, envolvendo sanções caso a Rússia não concorde com a proposta.

Emmanuel Macron mencionou ainda possíveis concessões territoriais assim que o cessar-fogo for consolidado, no âmbito das negociações para uma "paz robusta e duradoura".

"O que é que isto significa? Ou seja, este cessar-fogo visa permitir que russos e ucranianos discutam questões territoriais, as questões mais sensíveis relacionadas com esta ou aquela cidade, centrais nucleares e também garantias de segurança", observou.

A Rússia reivindica a anexação de quatro regiões no sul e leste da Ucrânia que controla parcialmente (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) desde a invasão do país vizinho, iniciada em fevereiro de 2022, e a península da Crimeia, anexada em 2014.

Por sua vez, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusa ceder qualquer território a Vladimir Putin para pôr fim à guerra, enquanto Washington, que tem vindo a dialogar com os dois países, parece ponderar o reconhecimento de regiões ocupadas por Moscovo.

Leia Também: Kyiv expulsa dois diplomatas húngaros em retaliação a Budapeste

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