O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse, quinta-feira, no X, que a eleição do novo Papa é um "momento profundo para a Igreja Católica, bem como para a comunidade global", que seguiu o evento "solene com uma expectativa esperançosa".
O chefe de Estado sul-africano pediu que "o fumo branco cerimonial que assinalou o consenso do Conclave prevaleça sobre as nuvens negras dos bombardeamentos militares que afetam as várias regiões do mundo de hoje".
Para Ramaphosa, o pedido de paz do Papa Leão XIV é "um apelo que ressoa com a maior parte da humanidade e que honra o legado do falecido Papa Francisco".
Por fim, disse que a África do Sul deseja ao Papa Leão XIV um papado abençoado e transformador "que reforce a fé, a unidade e a solidariedade social no mundo".
O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, disse que felicita "calorosamente a Sua Santidade o Papa Leão XIV pela eleição como chefe da Igreja Católica" e desejou-lhe um pontificado de paz, de diálogo e de fraternidade.
Para o Chefe de Estado dos Camarões, Paul Biya, a "liderança espiritual e moral" do bispo de Roma, assim como a sua "grande sensibilidade humanista", farão com que a sua voz "seja ouvida e as suas ações apreciadas, no interesse da paz e do diálogo entre as nações".
O presidente da Serra Leoa, Julius Maada Bio, felicitou "calorosamente a Sua Santidade o Papa Leão XIV pela sua eleição como novo líder da Igreja Católica", sublinhando que a fé inabalável deste membro da Ordem de Santo Agostinho, e a sua dedicação, são uma inspiração para todos.
"Que o seu papado traga unidade, compaixão e esperança ao mundo. Apoiamo-lo em oração, enquanto ele guia a Igreja com sabedoria e graça", referiu Bio.
O presidente da República Democrática do Congo, país do continente com maior número de batizados católicos, quase 55 milhões de pessoas, disse felicitar "com profunda emoção" Leão XIV "para a Cátedra de São Pedro".
Para Félix Tshisekedi, o apelo do Santo Padre a uma "Igreja humilde, fraterna e voltada para as periferias do mundo tem uma ressonância particular na República Democrática do Congo, terra de fé viva".
Segundo o chefe de Estado democrático-congolês, as palavras do Papa, "cheias de sabedoria e compaixão, reacendem a certeza de que a Igreja continua a estar ao lado dos povos que procuram a justiça, a paz e a dignidade".
Para Tshisekedi, a mensagem de "serviço, humildade e proximidade" reforça o empenho da nação vizinha de Angola "na reconciliação, no bem comum e na defesa dos mais vulneráveis".
Por fim, desejou um pontificado de "renovação espiritual, de diálogo fecundo entre os povos e de maior irradiação da luz do Evangelho num mundo muitas vezes obscurecido pela indiferença e pela divisão".
Também o Governo do Botsuana congratulou hoje a eleição do Papa Leão XIV.
"A Igreja Católica continua a ser um líder global de fé e esperança para os desfavorecidos e os pobres, defendendo a igualdade, a paz mundial e a harmonia", indicou.
No entanto, o Governo alertou que a liderança do Papa Leão XIV será desafiada pelas desigualdades sociais, pela pobreza, pelas guerras e por outros problemas mundiais com que a humanidade e os governos se deparam.
O continente africano conta com 20% dos católicos do planeta, de acordo com o Anuário Pontifício 2025.
O Vaticano anunciou hoje que a missa de inauguração do pontificado de Leão XIV se realiza dia 18 de maio, devendo a cerimónia contar com a presença de delegações e chefes de Estado de todo o mundo.
A missa servirá como uma tomada de posse formal do Papa Leão XIV, a que se seguirá a primeira audiência geral com os fiéis em 21 de maio.
Três dias depois, a 24 de maio, o novo Papa deverá reunir-se com a Cúria e os responsáveis do Vaticano, acrescentou.
O cardeal norte-americano Francis Robert Prevost foi eleito na quinta-feira como Papa Leão XIV, durante o conclave para eleger o sucessor de Francisco, que morreu a 21 de abril, aos 88 anos.
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