Macron pede a Al-Charaa que proteja "todos os sírios sem exceção"

O Presidente francês pediu hoje ao Presidente interino sírio, Ahmad al-Charaa, que garanta a proteção de todos os sírios, "sem exceção", recebendo a garantia de que a segurança do povo é a "prioridade máxima" das autoridades sírias.

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Lusa
07/05/2025 20:24 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Síria

Emmanuel Macron "fazer todo o possível para garantir a proteção de todos os sírios sem exceção, independentemente da sua origem, religião ou opiniões", numa conferência de imprensa conjunta no Palácio do Eliseu, em Paris.

 

O líder francês instou al-Charaa para que "garanta que os autores" da recente violência inter-religiosa contra os drusos, uma comunidade esotérica descendente de um ramo do Islão, e dos "massacres" de membros da minoria muçulmana alauita, em março, sejam "processados e julgados".

A União Europeia deve "punir sistematicamente os autores destes crimes", disse o chefe de Estado francês, insistindo em sanções europeias contra os responsáveis por massacres.

Por outro lado, Emmanuel Macron invocou a continuação do "levantamento gradual das sanções económicas europeias", e também dos Estados Unidos, à Síria se a coligação islamita no poder na Síria desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro, estabilizar o país.

Esta primeira visita do novo Presidente sírio a um país ocidental suscitou polémica com a direita e a extrema-direita francesas, devido às ligações passadas de al-Charaa ao terrorismo islâmico.

Relativamente ao levantamento das sanções contra a Síria, o Presidente sírio afirmou que a segurança dos sírios é a sua "prioridade máxima" e que as sanções europeias "constituem um obstáculo" à reconstrução do seu país e que "não há justificação" para a sua continuação.

"Não há justificação para as manter porque são sanções impostas hoje ao povo e não à pessoa que massacrou este povo", defendeu Ahmad al-Charaa.

Várias dezenas de membros das minorias religiosas da Síria manifestaram-se na quarta-feira na Place de la République, na capital francesa, sob a bandeira síria.

Al-Charaa chegou ao poder em dezembro do ano passado, após o movimento armado que liderava derrubar o regime liderado por Bashar al-Assad.

Atualmente, luta pelo levantamento de sanções impostas ao anterior regime, que pesam sobre a economia do país, destruída por 14 anos de guerra civil.

Desde que assumiu o poder, a coligação islamita Hayat Tahrir al-Sham (HTS) liderada por Al-Charaa tem tentado assegurar à comunidade internacional que respeita as liberdades e protege as minorias.

As dúvidas sobre a capacidade das novas autoridades sírias para controlar alguns dos combatentes extremistas a elas afiliados adensaram-se com os massacres no oeste do país em março, que fizeram 1.700 mortos, a maioria da minoria alauita a que pertencia Bashar al-Assad, e conflitos recentes com elementos da minoria drusa e abusos de migrantes indocumentados.

Leia Também: Israel diz ter atacado posições militares do Hezbollah no Líbano

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