"Estamos no bom caminho", disse Vance sobre as negociações com o Irão, durante uma mesa-redonda com os líderes da Conferência de Segurança de Munique, em Washington.
"Não nos importa se as pessoas querem energia nuclear. Concordamos com isso, mas não se pode ter o tipo de programa de enriquecimento que permite obter uma arma nuclear, e é aí que traçamos o limite", explicou o vice-presidente norte-americano.
Os Estados Unidos e o Irão - países inimigos há quatro décadas - iniciaram conversações sobre a questão nuclear iraniana, a 12 de abril, mediadas por Omã.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, apelou ao "desmantelamento total" do programa nuclear do Irão, mas disse estar pronto para discutir atividades nucleares civis com o Irão.
Os países ocidentais e Israel -- que os especialistas acreditam ser a única potência nuclear do Médio Oriente - suspeitam que o Irão queira produzir armas nucleares.
Teerão rejeita estas alegações e defende o direito à energia nuclear para fins civis, especialmente para a produção de energia.
Para o vice-presidente norte-americano, um acordo nuclear permitiria ao Irão "reintegrar-se na economia global".
"Seria algo muito bom para o povo iraniano, mas já não haveria qualquer hipótese de o Irão adquirir uma arma nuclear. É isso que estamos a negociar", comentou Vance, lembrando que Trump "detesta a proliferação nuclear" e estará aberto a "sentar-se à mesa com russos e chineses" para encontrar consensos sobre este tema.
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