Mais de 200 civis mortos em 243 ataques da junta militar em Myanmar

A ONU condenou hoje os ataques realizados da junta militar contra civis em Myanmar (ex-Birmânia), que fizeram mais de 200 mortos, após romper o cessar-fogo estabelecido devido ao terramoto que abalou o país em 28 de março.

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Lusa
02/05/2025 12:36 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Myanmar

Desde o terramoto até 29 de abril, "os militares lançaram pelo menos 243 ataques, incluindo 171 ataques aéreos, causando a morte a mais de 200 civis", denunciou o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, num comunicado.

 

A maioria destes ataques ocorreu após o cessar-fogo que foi anunciado em 02 de abril pelos militares birmaneses e pelo Governo de Unidade Nacional da oposição, segundo Türk.

"É imperativo que os militares cessem imediatamente todos os ataques contra civis e instalações não militares", afirmou.

Os ataques atingiram uma população "já exausta por anos de conflito" interno, referiu Türk.

"Isto foi agravado pelo recente e terrível terramoto que fez 3.800 mortos e 6,3 milhões a necessitar urgentemente de apoio, somando-se aos quase 20 milhões que já dependem de assistência. O direito internacional deixa claro que a ajuda humanitária deve chegar a quem precisa sem impedimentos", declarou.

"As pessoas em Myanmar precisam de comida, água e abrigo. Precisam - e devem ter - paz e proteção. Este é o momento de colocar as pessoas em primeiro lugar, priorizar os seus direitos humanos e necessidades humanitárias e alcançar uma resolução pacífica para esta crise. Em vez de mais investimentos fúteis na força militar, o foco deve estar na restauração da democracia e do Estado de direito em Myanmar", declarou Türk.

Os militares birmaneses derrubaram o governo da líder Aung San Suu Kyi- prémio Nobel da Paz de 1991 -, que foi democraticamente eleito em fevereiro de 2021.

Leia Também: Junta militar de Myanmar termina trégua declarada após sismo de março

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