Os Estados Unidos e a Ucrânia deverão assinar o acordo sobre minerais - que está em cima da mesa há meses - já esta quarta-feira.
A notícia foi avançada pelo Financial Times, que teve acesso ao documento, e, segundo a publicação, a vice-primeira-ministra, Yulia Svyrydenko, se encontrará em Washington com o secretário de Estado do Tesouro, Scott Bessent.
Após a notícia ser avançada pelo Finacial Times, também a Reuters escreve agora que o acordo deve estar assinado "quando já for noite em Kyiv."
Segundo a publicação britânica, o documento estabelece que os EUA e a Ucrânia, através do desenvolvimento dos recursos naturais de Kyiv e da criação de um fundo de investimento conjunto, irão "procurar criar as condições necessárias para, entre outros objetivos, aumentar o investimento em minas, energia e tecnologias relacionadas na Ucrânia".
"Pensamos que as equipas fizeram um bom trabalho e que o acordo é muito melhor para ambos os países", explicou uma das três fontes próximas do assunto que falaram com a publicação.
Segundo as três fontes explicaram, depois da assinatura do acordo deverá seguir-se a elaboração de um acordo mais pormenorizado para a criação do fundo de investimento conjunto.
O progresso no acordo sobre os minerais surge numa altura em que Trump se tem manifestado mais impaciente com o impasse nas negociações, pondo mesmo em causa de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acabar com a guerra, e tendo dito que queria que este "deixasse de disparar, se senta-se e assina-se um acordo [de paz]".
Já no fim de semana, o secretário de Estado, Marco Rubio, explicou que esta semana seria "crucial" no que diz respeito ao envolvimento dos EUA nos esforços para acabar com o conflito no Leste europeu.
Uma versão anterior deste documento deveria ter sido assinada durante a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca (presidência) no final de fevereiro, mas uma altercação com o homólogo norte-americano, Donald Trump, precipitou a sua saída sem assinar o acordo.
Uma nova versão, proposta por Washington em março, foi vista como muito desfavorável pelos deputados e pelos meios de comunicação social ucranianos.
Hoje, as autoridades ucranianas sugeriram que, à medida que as negociações avançavam, o documento tinha sido transformado numa versão mais aceitável para Kiev.
Ao contrário do que Donald Trump pretendia, o texto não reconhece a ajuda militar e económica norte-americana prestada à Ucrânia até à data como uma dívida para com os Estados Unidos da América (EUA), garantiu uma fonte ucraniana citada pela Agência France-Presse, que não esclareceu se o texto inclui as garantias de segurança pedidas pela Ucrânia.
A fonte apenas referiu que o texto "garante a igualdade das partes" e prevê o estabelecimento de um "fundo de investimento para investir na reconstrução" da Ucrânia devastada pela guerra.
[Notícia atualizada às 15h30]
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