O político bávaro de 52 anos e candidato único obteve 502 votos a favor, 89% do total dos delegados participantes no congresso do bloco conservador no Parlamento Europeu (que integra o PSD e o CDS), 61 contra e sete foram inválidos.
Num discurso antes de ser confirmada a reeleição, Weber criticou os "sociais-democratas que ignoram a classe trabalhadora" ou os "verdes e liberais que só frequentam bairros nobres com eleitores privilegiados".
Para o eurodeputado eleito pela União Social Cristã, os principais adversários do PPE "são os extremistas, aqueles que lutam contra a Ucrânia, o Estado de Direito e uma Europa unida", pedindo uma política que impeça os populistas de estabelecerem a agenda "com o discurso de ódio, dividindo e destruindo".
"Politicamente, a tarefa é enorme: uma onda autoritária está a varrer o mundo e a corroer lentamente a Europa. Os riscos são elevados", declarou, alertando que "os populistas são fortes porque muitos democratas são fracos".
O líder reeleito do PPE advertiu também que "muitas pessoas na política dizem simplesmente o que não querem", elencando o Presidente norte-americano, Donald Trump, o Acordo Verde ou a ideologia de género, propondo em alternativa que tornem mais claro o que pretendem.
"Sejamos mais concretos: a principal tarefa da nossa geração (...) é uma política externa e de defesa comum", considerou.
Weber assinalou que a capacidade de "ouvir, unificar e entregar" está no ADN do PPE, mas será preciso mais para derrotar os populistas e os extremistas.
"Estamos a entrar numa nova fase histórica. Para vencer a luta, precisamos de apresentar não só factos e conceitos sólidos, mas também um desejo de futuro, esperança e entusiasmo", defendeu, ao mesmo tempo que apontou a necessidade de novo programa político geral de centro-direita.
Weber assumiu a presidência do PPE em 2022, num momento crítico para o bloco político, após vários reveses eleitorais e apenas oito dos 27 chefes de Estado e de governo na UE pertencentes à mesma família política, e enfrentando a oposição das principais economias dos 27, incluindo Alemanha, França e Espanha.
Três anos depois, renovou o mandato em alta histórica, com 12 chefes de Estado e de governo, a presidente da Comissão Europeia e do Europarlamento, 14 comissários, o maior grupo no Parlamento Europeu e, a partir da próxima semana, a liderança do executivo alemão.
Leia Também: CDS pede debate urgente no Parlamento Europeu sobre interconexões energéticas