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Auditoria conclui que empresa incumpriu contrato do Canal do Panamá

A filial da empresa Hutchison Holdings, de Hong Kong, incumpriu o contrato de concessão de dois portos situados nas entradas do Canal do Panamá, segundo as conclusões de uma auditoria divulgada pelas autoridades panamianas.

Auditoria conclui que empresa incumpriu contrato do Canal do Panamá

© Reuters

Lusa
08/04/2025 06:38 ‧ há 4 meses por Lusa

"Há vários casos de incumprimento" do contrato de concessão atribuído em 1997, e renovado por 25 anos em 2021, à Panama Ports, filial da Hutchison, para a exploração dos dois portos situados nas entradas da via interoceânica, afirma a auditoria revelada esta segunda-feira.

 

A auditoria foi lançada depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado que "a China está a gerir o Canal do Panamá" e que pretendia "recuperá-lo".

Um consórcio norte-americano chegou a acordo com a Hutchison para compra dos dois portos panamianos.

O acordo foi descrito por Trump como uma "recuperação" do controlo dos Estados Unidos sobre o Canal do Panamá e suscitou preocupações em Pequim, que lamentou a perda de influência num enclave estratégico.

Na semana passada, a China anunciou que o seu organismo regulador vai analisar o acordo de venda dos dois portos panamianos e manifestou o repúdio pela "coação económica".

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, afirmou que a Administração Estatal para a Regulação do Mercado "tem conhecimento desta transação e irá analisá-la de acordo com a Lei, para salvaguardar a concorrência leal no mercado e proteger o interesse público".

Lin Jian acrescentou que Pequim "se opõe firmemente a qualquer ação que utilize a coerção económica, o assédio ou a hegemonia para infringir os direitos e interesses legítimos de outros países".

O acordo, avaliado em cerca de 23 mil milhões de dólares (mais de 21 mil milhões de euros), prevê a transferência de 90% das participações nos portos de Balboa e Cristobal, atualmente explorados pela CK Hutchison.

O regulador antimonopólio da China anunciou hoje que vai examinar o acordo, enquanto a imprensa estatal e as contas oficiais compararam a operação a "entregar uma faca a um rival".

As autoridades panamianas insistiram que se trata de uma transação entre empresas privadas que ainda não recebeu aprovação oficial.

Leia Também: Ações da CK Hutchison caem 4,5% face a incerteza sobre portos no Panamá

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